O WhatsApp é o aplicativo mais utilizado pelos brasileiros, e as operadoras liberam em seus planos o acesso ilimitado ao serviço de mensagens. A possível remoção desse benefício pode ser uma ameaça para as teles: uma pesquisa revela que 53% dos brasileiros trocariam de operadora caso o acesso gratuito fosse interrompido.
A pesquisa foi realizada pelo Mobile Time e Opinion Box, e leva em conta entrevistas com 2.099 brasileiros que possuem smartphone e acessam a internet. Se a operadora deixasse de oferecer WhatsApp ilimitado, 24% dos entrevistados iriam priorizar o uso do app em redes Wi-Fi.
Além disso, 6% das pessoas afirmaram que iriam reduzir a utilização do WhatsApp, enquanto 17% dos entrevistados afirmaram que um possível fim do zero rating não mudaria o comportamento de uso do aplicativo.
No momento, todas Claro, TIM e Vivo oferecem WhatsApp ilimitado em seus planos de celular voltados para pessoa física, inclusive no pré-pago. A única operadora que não divulga o benefício é a Vivo, mas a companhia determina o uso sem descontar da franquia em seus regulamentos.
O WhatsApp é atualmente ilimitado em todos os planos, mas isso pode não durar para sempre. Todas as operadoras especificam em seus regulamentos que o uso do app de mensagem sem descontar da franquia é um benefício promocional — e, portanto, pode ser revertido a qualquer momento.
O Tecnoblog separou alguns trechos de regulamentos das principais operadoras. O texto do Claro Controle, por exemplo, diz:
“A oferta Whatsapp poderá ser encerrada caso seja encerrado o acordo comercial com os detentores dos serviços previstos no presente Regulamento, sem que isso enseje qualquer direito ao USUÁRIO, bem como o USUÁRIO fica ciente que haverá a retomada da cobrança ou do desconto na franquia originalmente contratada pelo uso do serviço, sem prévio aviso.”
O regulamento do Vivo Pós também diz:
“Promocionalmente, todos os planos pós poderão acessar os sites/aplicativos de facilidades indicados abaixo sem que haja desconto da franquia de internet principal do plano contratado. (…) Os parceiros que fazem parte desse grupo são: WhatsApp, Waze e Moovit. Esta lista pode vir a ser modificada em razão da inclusão ou exclusão de parceiros que possuam sites/aplicativos com características semelhantes. Qualquer alteração será comunicada com no mínimo 30 dias de antecedência.”
E eis um trecho do regulamento do TIM Controle:
“Utilize o aplicativo WhatsApp para mensagens (áudio, vídeo, foto e texto) sem descontar do pacote de internet contratado e sem restrição de uso de dados. Após o período promocional, a utilização dos aplicativos passa a consumir do pacote de internet do Cliente, aplicando-se as regras da mecânica de internet contratada.”
Operadoras retiraram redes sociais ilimitadas de planos móveis
O ano de 2024 nas telecomunicações foi marcado pelo fim do zero rating de redes sociais em planos móveis. O primeiro passo foi dado pela Claro, que reformulou o portfólio do controle e pós-pago em fevereiro e do Claro Flex em março. A tele passou a incluir uma franquia dedicada para redes sociais além do pacote de dados de uso livre. Anteriormente, o uso de apps como Instagram, TikTok, Facebook e X (Twitter) não eram contabilizados.
Em outubro, foi a vez da TIM, que também modificou o portfólio do controle e pós-pago para incluir uma franquia exclusiva para Instagram, Facebook e X (Twitter). A tele ainda comercializa alguns pacotes que dão direito ao uso ilimitado — é o caso do TIM Black Família, que permanece inalterado, e o TIM Black individual com Apple TV+.
A Vivo não oferecia acesso ilimitado às redes sociais em seus planos. No portfólio atual, a tele comercializa por R$ 5 mensais um pacote extra no Vivo Controle com a mesma quantidade de gigabytes do plano principal. Essa franquia pode ser utilizada com Instagram, TikTok, X (Twitter), Facebook, Pinterest, Tinder e YouTube.
Mesmo após o fim das redes sociais à vontade, o WhatsApp permanece ilimitado em todas as três teles e em diversos planos de operadoras virtuais, como a Nucel (do Nubank), Correios Celular e Laricel.
Fonte: Tecnoblog
