Ex-funcionário da Yeezy expõe a cultura do medo na marca de Kanye West

Que trabalhar com Kanye West não é para os fracos, todo mundo já imaginava. Mas Pierre-Louis Auvray, ex-Designer Senior da Yeezy, resolveu revelar o verdadeiro caos que dominava o ambiente de trabalho na marca do polêmico rapper e empresário de moda. Em entrevista exclusiva à newsletter do jornalista Louis Pisano, Pierre descreveu o ambiente da Yeezy como um ciclo vicioso de favoritismo, medo e demissões abruptas – com direito a salários desiguais, projetos sabotados e um NDA (contrato de confidencialidade) nunca assinado.

”Era como um culto”

A última vez que Kanye havia tomado os holofotes foi de forma nada positiva: primeiro ao aparecer no tapete vermelho do Grammy ao lado de sua mulher, Bianca Censori, que estava completamente nua; Depois com uma série de posts no X (antigo Twitter), onde se declarou nazista, afirmor que “não tem amigos” e ter sua loja online derrubada por vender camisetas com estampa de uma suástica. Agora, o nome do rapper volta ao centro das atenções por um motivo diferente – os relatos do ex-funcionário sobre os bastidores conturbados da Yeezy.

”Nada era concluído. E Kanye constantemente demitia pessoas, apenas para recontratá-las mais tarde. Tudo estava sempre mudando.”

Pierre entrou para o universo de Kanye em 2020, após um contato inesperado via Instagram. Do entusiasmo inicial à frustração, não demorou muito para perceber que a YEEZY operava em um sistema próprio – onde tudo poderia mudar de um dia para o outro. Os projetos eram iniciados e abandonados antes mesmo de saírem do papel, e os funcionários eram contratados e dispensados ao sabor das preferências de Kanye.

”Estávamos a caminho da SpaceX, e Kanye estava sendo legal comigo, mas então ele começou a fazer um rap sobre pessoas morrendo no show Astroworld do Travis Scott no carro. Ele ficou olhando para mim como se esperasse que eu risse, e foi aí que comecei a perceber que ele era horrível.”

Fonte: FFW

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