Curitiba é a quinta cidade com mais veículos elétricos no Brasil

Os carros elétricos estão ganhando espaço nas ruas de Curitiba e se tornando uma escolha cada vez mais comum na hora de decidir o próximo veículo. De acordo com a NeoCharge, a capital paranaense ocupa o quinto lugar no ranking de cidades com maior número de veículos elétricos no Brasil, ficando atrás apenas de São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Além disso, ao longo dos últimos cinco anos a frota de elétricos curitibanos cresceu expressivos 740%.

Conforme os dados da Neocharge, em dezembro do ano passado havia 374.423 veículos elétricos no Brasil, dos quais 23.676 estavam registrados no Paraná. O estado é a quinta unidade da federação com a maior frota desses veículos, atrás apenas de São Paulo (125.885), Distrito Federal (29.122), Rio de Janeiro (28.179) e Santa Catarina (26.658).

Entre os municípios, por sua vez, Curitiba é não só o principal destaque paranaense, mas também uma referência nacional. Isso porque a cidade apresenta 10.895 veículos elétricos, o equivalente a quase metade (46%) de todos os carros desse tipo no estado. Entre todos os municípios brasileiros, apenas São Paulo (59.179), Brasília (29.122), Rio de Janeiro (17.043) e Belo Horizonte (12.423) possuem uma frota mais expressiva.

Além disso, o número de veículos elétricos nas ruas curitibanas está em franca expansão. Em 2020, por exemplo, haviam 1.297 carros desse tipo circulando pela cidade. Cinco anos depois, já são quase 11 mil, o que aponta para um avanço de 740% – ou seja, a frota de elétricos na cidade cresceu 8,4 vezes em cinco anos.

CARRO ELETRICO BYD
Frota de veículos elétricos cresceu 740% em cinco anos na Capital (Foto: Franklin de Freitas)

As vantagens do carro elétrico

Com uma proposta sustentável, os carros elétricos têm o benefício de produzir metade das emissões de carbono de um veículo convencional ao longo de sua vida útil. Além disso, eles não emitem gases de escape durante a condução e podem ser carregados com energia renovável, que corresponde a 80% da energia gerada no Brasil.

Outro ponto forte é a economia que um veículo elétrico pode proporcionar. Segundo dados da NeoCharge, o gasto médio anual com gasolina (considerando o uso de 20.000 km por ano, com um consumo de 10 km/L e preço de R$ 5,82/L) é de R$ 11.663,28, enquanto o gasto com eletricidade (considerando um consumo de 6 km/kWh e preço de R$ 0,72/kWh) é de apenas R$ 2.401,92 por ano, representando uma economia de 79%.

Carlos Alberto, consultor técnico da BYD, explica que, muitas vezes, a busca por um veículo elétrico começa após o passageiro de um motorista de aplicativo se surpreender com a experiência do carro. “O silêncio do veículo e o espaço mais amplo proporcionado pela ausência do motor a combustão fazem com que o cliente queira saber mais sobre o carro”, conta Carlos. Ele ainda ressalta que, ao perceber o cuidado com o meio ambiente, a melhoria na poluição sonora e a grande economia, muitos clientes acabam decidindo pela compra de um modelo elétrico.

Desafios para a popularização

Apesar das vantagens ecológicas e financeiras, os veículos elétricos ainda representam apenas 0,7% da frota de Curitiba. O alto preço desses carros e os impostos aplicados aos importados dificultam o acesso para boa parte da população. Enquanto isso, estados como Minas Gerais e Pernambuco oferecem incentivos, como a isenção de IPTU para veículos elétricos e híbridos, buscando incentivar uma economia verde. No Paraná, entretanto, essa vantagem só é oferecida para carros movidos 100% a hidrogênio.

Além do preço, a falta de infraestrutura é outro obstáculo. Curitiba conta com apenas 58 pontos de recarga, enquanto existem cerca de 317 postos de gasolina na cidade. E a maior parte desses eletropontos está concentrada na região central, o que dificulta o uso de veículos elétricos em bairros mais afastados.

Impostos e regras

A partir de junho deste ano, carros elétricos importados terão uma taxação de 25% sobre o valor de venda no Brasil. Para carros híbridos (que têm tanto motor elétrico quanto motor a combustão), a alíquota sobe para 35%. Os híbridos plug-in, que podem ser carregados externamente, também terão uma taxa de 28% a partir de julho de 2025. A justificativa para as altas taxas de impostos é que o Brasil já possui produção nacional suficiente de alguns modelos.

Mesmo com esses desafios, Carlos não abriria mão do carro elétrico. “Sempre apostei nas marcas asiáticas, elas costumam oferecer veículos mais completos. Em 2022, estava em busca de um carro mais econômico e me encantei pelos elétricos”, comenta.

* Texto da estagiária Alana Morzelli, sob supervisão do jornalista Rodolfo Luis Kowalski

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Fonte:Bem Paraná

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