Ex-analista de gestora é acusado de ‘insider trading’ em esquema com irmã e personal trainer | Finanças

Redinel Korfuzi está enfrentando acusações de conspiração para negociação com informações privilegiadas e manuseio de propriedade criminosa junto com sua irmã, Oerta Korfuzi, seu personal trainer Rogerio De Aquino e outra pessoa em um julgamento de 16 semanas em Londres que começou na quinta-feira.

Korfuzi teria orquestrado as negociações de um apartamento em Marylebone, no centro de Londres, e usou as contas dos outros réus para fazer apostas de queda dos papéis de empresas listadas que estavam se preparando para emitir novas ações, disse um advogado de acusação ao júri.

Em sua função na Janus Henderson, Korfuzi teria acesso a informações privilegiadas sobre empresas que estavam sondando potenciais investidores para aumentos de capital, disseram os advogados.

“Os réus aproveitaram a camuflagem oferecida pelas restrições nacionais de bloqueio”, disse Tom Forster, o promotor da FCA. Eles usaram as restrições “para aproveitar a oportunidade de executar — enquanto alguns deles trabalhavam em casa — seu plano secreto de conduzir negociações criminosas”.

Todos os quatro réus se declararam inocentes das acusações.

Grandes gestores de ativos como Janus Henderson são frequentemente sondados por empresas que buscam emitir novas ações, mas regras rígidas regem como essas informações são protegidas.

Normalmente, um banco de investimento buscará informações gerais de que uma empresa em um setor específico está pensando em vender ações, antes que um potencial investidor possa receber informações não públicas sobre as ações específicas.

Os promotores alegam que Korfuzi agiu com base nas informações fornecidas a ele como parte de sua função na Janus Henderson, encorajando e financiando outros a negociar com base nessas informações privilegiadas. Korfuzi deu a De Aquino uma quantia fixa de 20.000 libras em dinheiro para ajudar a financiar a conta de negociação deste último, foi informado ao júri.

“O trabalho em casa deu ao Sr. Korfuzi a liberdade de operar o esquema criminoso escondido dos olhos e ouvidos supervisores de seus colegas na Janus Henderson”, disse Forster.

Korfuzi foi proibido de negociar certas ações para sua conta pessoal pelos termos de seu emprego na Janus Henderson, particularmente ações que estavam em uma lista embargada, disseram os promotores.

Sua irmã era diretora de uma empresa que fazia recomendações de ações e estava ciente das restrições, foi dito ao júri.

A FCA alega que o grupo fez apostas “short” (de que os preços cairiam) em pelo menos 11 ações diferentes, incluindo a proprietária alemã Vonovia SE, a fabricante de veículos Daimler Truck Holding AG e a companhia aérea de baixo custo Jet2 Plc.