mixologistas dão dicas de como criar alternativas criativas sem álcool para o carnaval

Se antes os pedidos apontavam para os clássicos, como Negroni, Mojito, Moscow Mule, Caipirinha e Gin Tônica, hoje, essa tendência vai muito além. “Os mocktails estão redefinindo a cultura do brinde. Com criatividade e ingredientes de qualidade, é possível criar bebidas incríveis que harmonizam com qualquer ocasião. A tendência não é apenas sobre retirar o álcool, mas elevar a experiência de consumo a um patamar onde sabor, saúde e sofisticação coexistem de forma harmoniosa”, afirma o mixologista Renan Tarantino, à frente do Sky Hall Garden Bar, restaurante de São Paulo.

O crescimento dos mocktails não é apenas uma tendência gastronômica, mas também o reflexo de movimentos sociais, como a ascensão ao consumo da Gen Z, que valoriza o bem-estar, a moderação e a inclusão. O desejo por uma vida mais equilibrada e consciente está no cerne desse fenômeno, que ganhou força em meio às conversas sobre saúde mental, produtividade e longevidade.

“Essa tendência tem vários fatores. O primeiro é que, no pós-pandemia, a procura por saudabilidade aumentou. Segundo, porque as gerações mais novas estão bebendo menos. O jovem da década de 80 e 90 era o que bebia muito até tarde e no dia seguinte ia estudar de ressaca. Hoje isso mudou completamente”, analisa o bartender Alê D’Agostino, do Guilhotina Bar.

“Ter um drink sem álcool é super inclusivo. Além de a pessoa que não consome bebidas alcoólicas se sentir incluída na ocasião, ela também recebe o mesmo tratamento de quem bebe. E os mocktails podem ter a mesma complexidade de um cocktail, ou seja, com álcool”, avalia o mixologista Ale Bussab, fundador do Trinca Bar & Vermuteria.

“Antigamente, opção sem álcool se resumia a uma caipirinha de frutas super doce e feita com água com gás. Com o amadurecimento que a coquetelaria vem experimentando nos últimos anos, os mocktails também precisaram acompanhar. Eles têm que ser complexos, menos doces, trazer amargor e serem montados em taças, com garnish e tudo mais a que um bom drink tem direito”, explica D’Agostino.

Segundo o bartender Marcos Santos, responsável pelo bar do restaurante Donna, de André Mifano, os chás têm ganhado espaço nos drinks, especialmente por adicionarem complexidade às criações. “O universo dos chás é vasto e merece ser explorado. Nos coquetéis sem álcool, eles desempenham um papel quase perfeito: dependendo da infusão escolhida, chega a ser difícil notar que a bebida não contém álcool”, afirma.

Na coqueteleira, macere a canela, o gengibre, o manjericão, o syrup e a pimenta. Acrescente o suco de laranja, o suco de tangerina e a calda de frutas vermelhas. Bata bem e faça uma dupla coagem no copo de água com gelo moído até a borda. Decore com pedaços de flor de hibisco e pimenta rosa. Sirva com um canudo preto.

Em um copo longo, adicione as folhas de hortelã, o xarope de açúcar e o suco de limão. Macere delicadamente somente para liberar o aroma e refrescância do hortelã. Adicione o gelo e, em seguida, complete com água carbonatada. Decore com gelo britado, twist de siciliano, um pequeno buquê de hortelã e óleos do limão Siciliano.

Fonte: Glamour

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