Isa Energia registra lucro regulatório de R$ 810 milhões no 4º tri, queda de 10% na base anual | Empresas

A Isa Energia (antiga Cteep) registrou um lucro líquido (ajustado pela participação do acionista não controlador) de R$ 810 milhões no quarto trimestre de 2024, uma queda de 10% frente aos R$ 900 milhões registrados no mesmo período de 2023, conforme os indicadores regulatórios informados pela companhia nesta segunda-feira (24).

A receita líquida regulatória teve avanço de 4,2% na comparação anual, indo para R$ 1,15 bilhão no período, ante R$ 1,1 bilhão em 2023. Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) do trimestre totalizou R$ 794 milhões, queda de 3,9% em relação ao trimestre anterior.

Já pelo critério contábil (IFRS), o lucro ao controlador ficou em R$ 1,2 bilhão, incremento de 18% no comparativo anual. A receita líquida da companhia foi de R$ 2,5 bilhão ao final do quarto trimestre, elevação de 49,3% em base anual.

Ao Valor, o diretor-presidente da empresa, Rui Chammas, e a diretora financeira, Silvia Wada, citaram marcos importantes da empresa ao longo do ano, como a mudança da marca e o “follow on” (oferta de novas ações) secundário da Eletrobras, o que trouxe mais liquidez aos papéis da empresa.

Chammas destacou ainda a antecipação da entrada em operação comercial do Projeto Minuano (RS). A infraestrutura do empreendimento engloba 115 quilômetros de linhas de transmissão, além da maior subestação em potência do Estado.

O período foi marcado por incremento de cerca de 75% nos investimentos por conta dos lotes arrecadados nos recentes leilões de transmissão de energia em que a companhia foi vitoriosa, e por série de projetos de reforços e melhorias.

“Avançamos muito nos investimentos. Saímos de R$ 2,06 bilhões de ‘capex’ para R$ 3,6 bilhões. Temos um ‘pipeline’ para os próximos anos de quase R$ 13,5 bilhões. São projetos rentáveis, de geração de valor e longevidade corporativa e alavancagem comportada [que pela relação dívida líquida/Ebitda], que termina o ano em 2,72 vezes”, afirma. O indicador estava 2,39 vezes no mesmo período de 2023.

Aliás, o fator que preocupa a empresa é manter a alavancagem financeira, que tende a subir e, em 2027, pode chegar a quatro vezes por um período transitório. Wada reforçou que, mesmo com os fortes investimentos e o anúncio de R$ 1,6 bilhão de juros sobre capital próprio, a geração de caixa da empresa é forte, o que resultou em impacto controlado na alavancagem.

“Temos todos estes investimentos a fazer, mas, conforme os projetos forem entrando em operação, eles também vão gerar mais receita. Ou seja, todo este investimento não necessariamente vira endividamento. E aproximadamente metade dos projetos de reforços e melhorias já tem receita conforme vai sendo energizado”, afirmou ela.

Fonte: Valor

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