Philipp Plein continua sua expansão

O plano de abertura do Philipp Plein Group para suas três marcas (Philipp Plein, Plein Sport e Billionaire) continua, explicou o impetuoso proprietário e designer da empresa sediada na Suíça ao FashionNetwork.com.

Philipp Plein, como de costume, não parou, nem mesmo durante a Semana de Moda de Milão, entre eventos e desfiles com convidados ilustres (o rapper Busta Rhymes esteve presente no desfile de Milão, nota do editor).

Ver o desfile

Philipp Plein apresentou a coleção mista Outono/Inverno 2025/26, inspirada no Velho Oeste e composta por 51 looks, em seu já icônico Plein Hotel. Um “cowboy de alta-costura” que adota um estilo casual e divertido durante o dia, mas que permanece elegante e ousado à noite. O ponto forte da coleção continua sendo o jeans característico da marca, com jeans azul combinados com camisas jeans oversized e casacos chamativos.

Toques nostálgicos são trazidos pelo uso da bandeira americana retrô em alfaiataria clean que combina tons ricos de vermelho, verde e azul brilhante. Os acessórios incluem chapéus de cowboy no estilo Rota 66, bolsas dignas de uma viagem de carro e uma variedade de calçados, desde botas de couro vermelho até o joelho até botas de combate funcionais e tênis americanos clássicos.

“Queríamos aproveitar o lugar que criamos em Milão, que é realmente único. No dia anterior, não organizamos um desfile de moda, mas um espetáculo, um cabaré chamado ‘The Plein Show’, com 25 dançarinos e artistas e 500 pessoas que comeram e festejaram até as 5 da manhã. Gostamos de encher este lugar com alegria e felicidade”, disse Philipp Plein ao FashionNetwork.com. “Nos poucos meses desde a inauguração do Hotel Plein e seus três restaurantes (setembro de 2024), organizamos vários eventos e shows, como um baile de máscaras black-tie, no estilo do filme de Kubrick, ‘De Olhos Bem Fechados’, seguido por apresentações de DJs como Marco Corona e Sven Väth. Organizamos tantos eventos que todos eles criaram memórias de celebração e diversão.”

Ver o desfile

Com sua marca, Plein costumava organizar desfiles de moda que eram verdadeiros espetáculos em grandes salões, com milhares de pessoas convidadas. “Neste momento, acredito que, não apenas para nós, mas para o mundo da moda como um todo, tudo deveria ser mais focado e privado”, argumenta Philipp Plein. “E isso não é tudo, porque no verão abriremos o beach club no andar superior, onde poderemos acomodar mais de 1.500 pessoas ao mesmo tempo. O Plein Hotel é uma oportunidade única que devemos aproveitar.”

Ao mesmo tempo, o grupo liderado por Plein está ampliando seus planos de abrir lojas. No domingo, 2 de março, uma loja Plein Sport foi inaugurada na Espanha, enquanto as lojas monomarca Philipp Plein e Billionaire serão inauguradas em Munique entre abril e maio.

Uma nova loja Plein Sport foi inaugurada esta semana perto de Calabasas, no Condado de Los Angeles, e mais duas lojas da marca esportiva serão abertas em Malta e outra em Lebanon. Outra loja monomarca Plein Sport será inaugurada em Berlim em cerca de dez dias, enquanto uma loja monomarca Philipp Plein será inaugurada no mesmo período em Varsóvia, Polônia.

O designer alemão também reflete sobre o ano difícil que vivemos em 2024. “Muitas empresas usaram a Covid como desculpa para aumentar seus preços, e os fornecedores também os aumentaram devido à escassez de matéria-prima e à demanda não atendida. Isso levou a uma situação em que os consumidores se tornaram resistentes a essa política de preços injusta, com aumentos de até 20%, 30% ou até 50%. E isso, sem nenhuma melhoria correspondente na qualidade”, explica o designer. “Obviamente, essas empresas estão sob pressão porque são negociadas publicamente, têm investidores por trás delas, precisam reportar no final de cada trimestre, então estão aumentando as margens, mas chega um ponto em que não dá para aumentar mais.”

Ver o desfile

“O caso Gucci é emblemático de um impulso levado ao extremo”, explica. “Eles fizeram um trabalho extraordinário de levar a marca a esses níveis de vendas, de desejabilidade de seus produtos. No entanto, acredito que o mercado está vivenciando tendências subjacentes. Durante anos, os consumidores queriam produtos Gucci, hoje não os querem tanto quanto antes, também por causa do que eu disse acima, então as vendas diminuíram, e é o designer que paga as consequências, como sempre, porque você sempre tem que encontrar um bode expiatório. Mas repito, para mim, isso é apenas uma fase”, conclui Plein.

Com sede em Lugano, Suíça, o Philipp Plein Group é totalmente autofinanciado e livre de dívidas, emprega mais de 700 pessoas e opera mais de 110 lojas monomarca em todo o mundo, incluindo lojas próprias em Milão, Paris, Barcelona, ​​Berlim, Dubai, Los Angeles, Las Vegas, Xangai e Cingapura.