No mês do consumidor, o comércio aposta em diversas estratégias para atrair compradores, e o uso das cores pode ser uma delas. Anúncios vibrantes, lojas decoradas e vitrines chamativas não são apenas um capricho visual do período, mas técnicas que ativam áreas específicas do cérebro, despertando emoções e impulsos que podem levar a compras não planejadas.
O Dr. Fernando Gomes, médico neurocirurgião, neurocientista e professor da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), explica que o cérebro trabalha com o sistema de recompensas e, às vezes, as cores podem estar ligadas à memória de algo que foi prazeroso, fazendo com que a pessoa apresente a tendência de adquirir produtos com aquela tonalidade, por remeter a algo feliz que ela viveu.
Cores que estimulam áreas do cérebro
Conforme o médico, apesar de os sentimentos serem subjetivos, algumas percepções são universais, isto é, acontecem de forma semelhante para diversas pessoas. “Por isso é possível entender por que o vermelho está presente em logotipos e vitrines de grandes marcas, já que essa cor ativa a área das amígdalas no cérebro e inspira energia, emoção e dinamismo. Já a cor preta também é percebida nessa mesma região cerebral, mas transmite nobreza, requinte e aciona a memória emocional”, explica.
Outras tonalidades, que transmitem tranquilidade e serenidade, também podem influenciar a decisão na hora da compra. “O verde e azul são compreendidos por uma outra área do cérebro, o córtex pré-frontal, que ajuda na tomada de decisões e nas respostas afetivas”, acrescenta o Dr. Fernando Gomes.
A ausência do branco também tem uma intenção por trás. “É bem mais difícil encontrar lojas e marcas que tenham a cor branca como predominante, pois essa ‘ausência’ de cor é percebida pelo cérebro no córtex frontal esquerdo, uma área responsável pelo pensamento lógico e promove a sensação de calma que atenua a vontade de comprar”, explica o médico.

Dicas para evitar compras desnecessárias
Para evitar que a influência das cores leve a compra por impulso, o Dr. Fernando Gomes lista algumas dicas. Confira:
- Fazer uma lista daquilo que é realmente necessário ajuda o cérebro a manter o foco, e esse é um dos maiores aliados que o cérebro pode ter;
- Praticar o autocontrole por meio da busca pelo menor preço também é um exercício mental importante;
- A sensação de perder o controle pode ser um gatilho para doenças, como a depressão, e isso é comum em pessoas que contraem dívidas;
- Presentear uma pessoa que se ama ajuda a criar um processo automático para o cérebro que torna o ser humano mais empático. “Fazer bem aos outros acaba nos fazendo bem também, ainda que isso custe dinheiro”, finaliza o neurocirurgião e neurocientista.
Por Mayra Barreto Cinel

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Fonte: Tribuna PR