O dia 20 de março é considerado o Dia Internacional da Felicidade, data criada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2012 para destacar a importância da felicidade e do bem-estar — até mesmo no âmbito das políticas públicas e no combate à desigualdade social. O índice de felicidade de cada país é destacado em relatório produzido anualmente, e a novidade de 2025 é que o Brasil saltou 8 posições, sendo agora o 36º país mais feliz entre os 147 analisados.
O relatório utiliza dados coletados entre os anos de 2022 e 2024 e se baseia em critérios como renda per capita, expectativa de vida saudável, apoio social, generosidade, liberdade e percepção de corrupção, além de um índice de referência que a pesquisa chama de Distopia, que determina uma margem de erro para cada índice.
No caso do Brasil, os destaques foram os indicadores de renda per capita e apoio social. Em contrapartida, houve pouca participação dos critérios de generosidade e percepção de corrupção.
A elite da felicidade mundial é maioritariamente europeia (e nórdica), de acordo com os dez primeiros colocados no ranking. O primeiro lugar ficou novamente com a Finlândia, que é líder no ranking pelo 8º ano consecutivo. A vice-campeã da felicidade foi a Dinamarca e o terceiro lugar ficou com a Islândia.
O top 10 é composto ainda por Suécia (4º); Países Baixos (5º); Costa Rica (6º); Noruega (7º); Israel (8º); Luxemburgo (9º); e México (10º).
Em relação aos países vizinhos, o Brasil só perde para o Uruguai, que é o 28º colocado, mas aparece a frente de Argentina (42º); Paraguai (54º); Colômbia (61º); Peru (65º), Bolívia (74º) e Venezuela (82º).
Na outra ponta da lista, os países menos felizes são Iêmen (140º); República Democrática do Congo (141º); Botsuana (142º); Zimbábue (143º); Malawi (144º); Líbano (145º); Serra Leoa (146º) e Afeganistão (147º).
A Finlândia, primeira colocada no ranking, é destacada por seus sistemas de educação, saúde e apoio social “universalmente disponíveis e de alta qualidade”, o que faz com que a desigualdade de bem-estar social no país seja pequena.
O relatório aponta que tanto a Finlândia quanto os outros países nórdicos que estão nas primeiras colocações (Dinamarca, Islândia e Suécia) estão entre “os melhores lugares para se perder uma carteira”, por conta de critérios como confiança e benevolência:
“Uma carteira perdida expõe uma necessidade imediata, que é prontamente atendida nos países nórdicos”, diz o ranking.
O relatório é feito pela ONU em parceria com o Wellbeing Research Centre da Universidade de Oxford; além da Gallup, empresa de pesquisa de opinião dos Estados Unidos e do próprio conselho editorial responsável pela publicação da pesquisa.
Fonte: Valor