Dona da Riachuelo, Guararapes está em situação mais confortável de endividamento, diz presidente | Empresas

O presidente da Gurarapes, dona da Riachuelo, Andre Farber, afirmou, nesta quinta-feira (20), que a empresa está em uma situação mais confortável em relação ao endividamento, especialmente diante da alta dos juros, mas que pretende continuar reduzindo o indicador.

O grupo varejista encerrou 2024 com R$ 498,7 milhões em dívida líquida, uma melhora de 52,9% frente ao endividamento de dezembro de 2023, de R$ 1,06 bilhão. Assim, o nível de alavancagem, relação entre dívida líquida e Ebitda, foi de uma vez para 0,3 vez.

A partir deste ano, a Guararapes passa a ter como prioridade: experiência do cliente, eficiência da cadeia e retorno sobre capital. “Nos dois últimos anos, focamos em melhoria operacional e diminuição da dívida. Agora, estamos trabalhando com esses três principais pilares”, disse Farber, em teleconferência com analistas.

A companhia espera como resultado desse esforço o crescimento da venda por metro quadrado, maior giro de estoques, aumento de margem bruta e crescimento do retorno sobre o valor investido.

Segundo Farber, a companhia vai continuar investindo na eficiência de sua fábrica, que ele diz ser “um ativo estratégico”. Em 2024, a ocupação da unidade teve crescimento superior a 30% em volume. “Mas o trabalho ainda não terminou”, disse.

Ajustes de risco e retorno na Midway

O comando da Guarape disse que a combinação de um terceiro trimestre mais forte e de ajustes de risco e retorno impactaram o resultado da Midway Financeira no quatro trimestre. Em relatórios, analistas destacaram como ponto negativo a pressão nas margens consolidadas do braço financeiro da Guararapes. O resultado antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) ficou 27% abaixo do esperado pelo Santander.

“Foi um movimento para voltar o NPL [crédito não produtivo, na tradução para o português] para um patamar saudável, não tem alerta”, disse Francisco Santos, executivo a frente da Midway, durante teleconferência sobre os resultados. Segundo ele, os principais indicadores estão saudáveis e o resultado do último trimestre não preocupa.

Questionado sobre a expectativa de crescimento da carteira para este ano, Santos disse que a projeção é de 5% a 10% de avanço. O executivo também comentou sobre um possível aumento de despesas na Midway para “conquistar novos clientes e aumentar a proposta de valor do cartão”.

Fonte: Valor

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