Em menos de cinco minutos de sustentação oral, o advogado de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Cezar Roberto Bitencourt, afirmou que seu cliente, que firmou acordo de delação premiada, “cumpriu sua missão com a Justiça” e pediu que a denúncia seja rejeitada em relação a Cid.
Segundo Bitencourt, a defesa foi voltada “apenas em destacar a dignidade e grandeza” de Mauro Cid. A participação nos fatos do ex-ajudante de Bolsonaro seria somente como testemunha e intermediário. “Destacamos que Cid é colaborador e trouxe sua parcela de contribuição para orientar e informar a Justiça”, afirmou Cezar Roberto Bitencourt.
“As circunstâncias o colocaram nessa situação”, disse o advogado. A defesa citou que, como assessor do presidente, Mauro Cid tinha conhecimento dos fatos. Bitencourt não se estendeu nos argumentos e pediu apenas que a denúncia fosse rejeitada em relação a seu cliente.
Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), Mauro Cid, embora tivesse menor autonomia de decisão, também fazia parte do “núcleo crucial”, atuando como porta-voz de Bolsonaro, transmitindo orientações aos demais membros do grupo. A acusação relata que Cid confessou, em delação premiada, que Bolsonaro recebeu a minuta do golpe, em dezembro de 2022, que detalhava os atos de interferências do Judiciário no Executivo e decretaria novas eleições.
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Fonte: Valor