China quer construir base na Lua com tijolos de poeira lunar

Tecnologia inovadora usa energia solar como fonte primária de energia

China desenvolve tecnologia para imprimir tijolos lunares em 3D
(Imagem gerada por IA/Gabriel Sérvio/Olhar Digital)

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A China revelou recentemente seus planos ambiciosos de utilizar poeira lunar como matéria-prima para a construção de uma futura base na Lua.

A inovação desse projeto reside no desenvolvimento de um sistema avançado de impressão 3D, projetado especificamente para transformar a poeira lunar em tijolos estruturais.

Como funciona a impressão 3D de tijolos lunares?

A tecnologia inovadora usa energia solar como fonte primária de energia. De acordo com Wu Weiren, figura importante do Programa de Exploração Lunar Chinês, o sistema emprega fibras ópticas para concentrar a luz solar, elevando as temperaturas a um impressionante intervalo de 1.400 a 1.500 ºC.

Essa intensidade de calor é suficiente para fundir o solo lunar, que então serve como material base para a impressora 3D. A partir desse ponto, o dispositivo molda o material derretido em tijolos de diversas especificações, oferecendo flexibilidade e adaptabilidade para a construção de estruturas lunares.

China desenvolve tecnologia para imprimir tijolos lunares em 3D
(Imagem gerada por IA/Gabriel Sérvio/Olhar Digital)

Leia mais:

Construção de base espacial futura

  • Essa inovação pode reduzir os desafios logísticos associados à construção lunar.
  • Transportar materiais da Terra para a Lua acarreta custos exorbitantes, tornando a utilização de recursos locais uma alternativa crucial.
  • Ao explorar a abundância de regolito lunar, a China visa otimizar a eficiência e a sustentabilidade de suas futuras missões lunares.
  • Essa iniciativa audaciosa se alinha com o programa lunar abrangente da China, que abrange as missões Chang’e 7 e 8.
  • Essas missões visam explorar o polo sul lunar em busca de água, um recurso valioso para o consumo humano e para a produção de propelente de foguetes.
  • A presença de água na Lua não apenas sustentaria a vida humana em futuras bases lunares, mas também abriria caminho para a produção de combustível para foguetes, impulsionando ainda mais a exploração espacial.


Gabriel Sérvio é formado em Comunicação Social pelo Centro Universitário Geraldo Di Biase e faz parte da redação do Olhar Digital desde 2020.


Fonte: Olhar Digital

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