Modelo é diagnosticada com esclerose múltipla após confundir sintomas com menopausa

A modelo e apresentadora Carol Ribeiro, de 43 anos, revelou recentemente ter sido diagnosticada com esclerose múltipla, uma condição que afeta o sistema nervoso central e pode comprometer as funções neurológicas. Por meses, ela enfrentou sintomas como fadiga extrema, dificuldade ao caminhar, lapsos na fala e ondas de calor, inicialmente confundidos com menopausa ou estresse.

“Eu empurrava com a barriga porque achava que era só a rotina. Só entendi quando comecei a ouvir meu corpo”, relatou Carol ao Fantástico.

Após a sugestão de uma amiga médica, procurou um neurologista. Os exames de imagem confirmaram a doença.

O que é esclerose múltipla?

A EM é uma patologia autoimune crônica em que o sistema imunológico ataca equivocadamente a bainha de mielina, camada protetora dos neurônios. A desmielinização prejudica a comunicação entre cérebro e corpo, gerando inflamações e sintomas variados.

Segundo o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, “quando a bainha de mielina está íntegra, os impulsos nervosos são transmitidos com eficiência. Com a desmielinização, há perda de velocidade e precisão nos sinais neurais, afetando a cognição, o movimento e outras funções”.

O estudo liderado por ele destaca que, além dos tratamentos convencionais com corticoides, atividades físicas regulares e dieta rica em gorduras insaturadas e compostos anti-inflamatórios são recomendadas. “Há também evidências promissoras sobre o uso do lítio como agente neuroprotetor, atuando na modulação imunológica e sináptica”, aponta.

Sintomas mais comuns da EM:

  • Dormência e formigamento em membros
  • Visão embaçada ou perda visual temporária
  • Fadiga severa
  • Dificuldade motora e de equilíbrio
  • Alterações cognitivas ou emocionais

“Muitas vezes os sinais são subestimados ou atribuídos a causas banais. Isso retarda o diagnóstico e compromete a intervenção precoce, que é fundamental”, reforça o neurocientista.

Diagnóstico precoce faz diferença

A EM afeta predominantemente mulheres entre 20 e 40 anos. Os avanços nos métodos diagnósticos e tratamentos têm possibilitado uma vida funcional e estável aos pacientes. O sistema público de saúde brasileiro oferece medicamentos imunomoduladores e centros de referência para o tratamento da condição.

“O reconhecimento precoce dos sintomas e o início imediato da terapêutica são cruciais para evitar surtos recorrentes e atrasos cognitivos associados à neurodegeneração progressiva”, destaca o Dr. Fabiano.

Um alerta que pode salvar vidas

Carol agora utiliza sua visibilidade para conscientizar sobre a importância de escutar o corpo e buscar apoio médico diante de sintomas persistentes.

“Quero dizer que é possível viver bem com esclerose múltipla, mas é preciso parar e se escutar”, afirma.

Referência Científica Utilizada:

RODRIGUES, Fabiano de Abreu Agrela; OH, Henry. Esclerose múltipla e tratamentos. Ciencia Latina Revista Científica Multidisciplinar, v. 6, n. 1, p. 3315, 2022. DOI: 10.37811/cl_rcm.v6i1.1730

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Fonte:Bem Paraná

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