Os novos modelos de raciocínio do ChatGPT, lançados na quarta-feira (16/04), são capazes de analisar imagens e fazer buscas na web, conseguindo até mesmo descobrir a localização de fotos a partir de elementos visuais, como placas de veículos, estilo de arquitetura e idioma nas placas.
Esta habilidade viralizou nas redes sociais, e muitas pessoas mostraram como a inteligência artificial chegou até localizações bastante precisas, como a cidade de Paramaribo (Suriname) e até mesmo uma ponte específica em Osaka (Japão).
ChatGPT é um bom jogador de GeoGuessr
A nova tendência de uso do chatbot lembra muito o game GeoGuessr, em que o jogador “cai” aleatoriamente no Street View de algum lugar do mundo e tem como desafio adivinhar onde está.
Nascido como um simples jogo de navegador, o GeoGuessr tomou contornos de esport, com competições mundiais. Alguns jogadores se tornaram famosos fora da “bolha”, como Rainbolt. Seus clipes adivinhando localizações em poucos segundos, com um grau absurdo de precisão, fazem sucesso nas redes sociais.
A relação entre o jogo e a trend não é ocasional: muitos usuários têm colocado “você está jogando GeoGuessr” no prompt enviado ao ChatGPT.
“Recurso” não é exclusivo de novos modelos
A trend de descobrir a localização de imagens ganhou força depois de a OpenAI lançar dois novos modelos de raciocínio, o3 e o4-Mini. Como grande diferencial, eles trazem a capacidade de “pensar com imagens”, podendo girar, recortar, dar zoom e fazer outras edições necessárias para encontrar a resposta pedida.
No entanto, modelos antigos parecem estar aptos a realizar este tipo de tarefa. O TechCrunch fez testes com o GPT-4o, atual modelo padrão do ChatGPT, e ele teve um índice de acerto próximo ao do o3, entregando as localizações em menos tempo.
Privacidade pode estar em risco
A capacidade de encontrar com alguma precisão onde fotos foram tiradas pode representar uma ameaça à privacidade. Mesmo sem metadados de geolocalização, é possível usar imagens de redes sociais para descobrir uma pessoa está, sem o consentimento dela.
Chatbots de IA já têm algumas proteções, que os impedem de fornecer informações pessoais, por exemplo. Mesmo assim, essas salvaguardas muitas vezes são falhas e deixam métodos relativamente fáceis para contorná-las.
Com informações do TechCrunch
Fonte: Tecnoblog
