Para Ywyzar, as telas são palco de transformação. Ainda que a personagem Flávia não tenha sido escrita como indígena, a presença da atriz altera o rumo da narrativa. “Interpretar a Flávia foi um ato político. Só o fato de eu, uma mulher indígena, ocupar aquele espaço, já transforma a narrativa. Porque a gente quase nunca se vê nesses lugares, em personagens que não giram em torno da nossa origem, da nossa luta, da nossa dor”, afirma. “E estar ali, vivendo uma mulher comum, com seus afetos, suas escolhas, sua profissão, mostra que nós também existimos nesses cotidianos. Que podemos ser tudo: veterinárias, cientistas, artistas, médicos, o que quisermos.”
Fonte: Glamour