O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), aumentou nesta quarta-feira (23) o tom das críticas ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), e estabeleceu um “limite” para a relação entre ele e partido. Segundo o parlamentar, o requerimento de urgência para a votação do projeto de lei que concede anistia aos envolvidos no 8 de janeiro deve ser incluído na pauta da próxima semana, caso contrário haverá um rompimento político.
“Se amanhã este requerimento não for incluído na pauta, durante a reunião do colégio de líderes, nós do PL entenderemos que é um gesto do presidente Hugo Motta da antipolítica, do desrespeito político e da falta de consideração com quem foram seus primeiros aliados”, disse Cavalcante na tribuna da Câmara. O PL tem a maior bancada da Casa, com 92 deputados.
A pressão pela inclusão da anistia na pauta cresceu desde que o PL conseguiu reunir as assinaturas necessárias para o requerimento de urgência. O partido obteve o apoio de 262 deputados, número que representa mais da metade dos 513 membros da Câmara. Apesar de as assinaturas obrigarem a inclusão do requerimento na pauta, Motta mantém a prerrogativa de quando pautar a matéria e não dá sinais de que irá fazê-lo. A expectativa é de tensão na reunião de líderes.
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Fonte: Valor