As ações da Vale caíram 2,64% no pregão desta sexta-feira (25), cotadas a R$ 53,85, apesar de os resultados do primeiro trimestre virem dentro do esperado pelo mercado. Na mínima, o papel chegou a R$ 53,64. Negociações movimentaram R$ 1,41 bilhão, acima do volume financeiro negociado no dia anterior, de R$ 1,08 bilhão.
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Os resultados trimestrais não surpreenderam os analistas do Citi, com melhor desempenho de custos na comparação anual por conta da desvalorização da moeda brasileira. O desempenho da mineradora veio em linha com as expectativas do BB Investimentos, uma vez que os preços realizados de minério de ferro e níquel foram mais baixos, mas com volumes maiores compensando os preços e fazendo com que a receita da companhia não caísse tanto.
Porém, o grande destaque do trimestre encerrado em março foi o aumento da dívida líquida expandida, para US$ 18 bilhões, que pode ser explicada pelos proventos pagos no período, segundo a XP. Além disso, o fluxo de caixa livre aquém do projetado, com rendimento anualizado modesto de 5%, contribuiu com expansão da dívida líquida, conforme o UBS BB.
O Jefferies acredita que a mineradora deve reduzir a recompra de ações neste ano para evitar que sua dívida líquida se mantenha muito acima da meta de US$ 15 bilhões, abrindo a possibilidade de retornos maiores aos acionistas em 2026.
O resultado antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda, na sigla em inglês) recorrente somou US$ 3,2 bilhões no primeiro trimestre, 6% acima do esperado pelo Goldman Sachs — relembrando que o desempenho operacional da mineradora foi sazonalmente fraco.
O J.P. Morgan ressalta o forte desempenho dos segmentos de minério de ferro e cobre como impulsionadores do Ebitda, enquanto níquel ficou abaixo do estimado em razão de custos mais altos.
Segundo análise do BTG Pactual, os resultados aumentaram a sensação de previsibilidade nos números da companhia em comparação com os trimestres anteriores, sendo algo positivo.
Fonte: Valor