Anbima diz que 3 milhões mostram tendência ao vício em apostas e 4 milhões acham que é investimento | Finanças

Uma fatia de 15% da população fez pelo menos uma aposta em plataformas on-line em 2024, que se revela maior do que o uso de muitos produtos de investimentos, como títulos públicos e privados, fundos ou ações, mostra o Raio-x do investidor brasileiro, realizado pela Anbima com o Datafolha. O resultado ficou um ponto acima do verificado na pesquisa anterior, em 2023.

Ao fazer a coleta na edição de 2024, o levantamento apurou pela primeira vez o índice que avalia a tendência ao vício em apostas, desenvolvido com base em indicadores internacionais. A conclusão foi que cerca de 3 milhões de pessoas (12% dos 23 milhões que declararam ter feito alguma aposta) apresentam alta tendência à compulsão. E 4 milhões disseram considerar as plataformas como investimentos.

O levantamento traz que mais de 59 milhões de brasileiros, ou 37% da população, investem em produtos financeiros, mas a proporção poderia ter sido maior, segundo os pesquisadores, já que 33% da população economizou dinheiro, mas menos da metade (39%) aplicou os recursos, o que significa que 32 milhões ficaram fora do mercado financeiro mesmo com reserva disponível. A parcela dos que investem repetiu a proporção observada em 2023.

Os aplicativos de bancos se consolidam como principal meio usado pelas pessoas para investir (49%), com aumento de quatro pontos percentuais em relação a 2023. A visita à agência ficou em segundo lugar (33%), com recuo de cinco pontos percentuais.

A 8ª edição da pesquisa estratificou a população em quatro grupos: 10% da população investe na caderneta de poupança; 17% diversifica em mais de um produto financeiro, enquanto 12% economiza e não investe e 52% não economiza nem investe.

Metade dos brasileiros relatou sentir alto estresse financeiro, um ponto percentual de recuo em relação à sondagem anterior. Esse referencial é calculado a partir das reações de entrevistados a 12 afirmativas sobre preocupações cotidianas com o dinheiro. Os dados foram cruzados com o novo indicador de autopercepção das pessoas sobre o estresse.

 — Foto: Pixabay
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Fonte: Valor

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