De acordo com o jornal O Globo, o Mounjaro está aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apenas para o tratamento de diabetes tipo 2. Mas a farmacêutica já solicitou à agência a indicação para obesidade.
Segundo a Eli Lilly, estarão disponíveis neste primeiro momento no Brasil as canetas autoinjetoras de 2,5 mg e 5 mg, que correspondem às doses iniciais de tratamento. A versão de 2,5 mg custará R$ 1.406,75, já a de 5 mg, poderá ser adquirida por R$ 1.759,64 no e-commerce oficial da farmacêutica dentro do programa “Lilly Melhor Para Você”. Os preços podem variar de acordo com cada loja física. A retenção da receita médica para a compra do medicamento é obrigatória.
Este é o medicamento mais potente que nós temos disponível no mercado, tanto no Brasil quanto fora dele, para o tratamento do diabetes e da obesidade. A perda de peso que ele promove é maior que a do Wegovy (semaglutida), em média de 20% (podendo chegar até 25%) em comparação com 16% do segundo similar. Este medicamento, entretanto, é mais caro que seus similares e, até então, só poderia ser adquirido fora do País.
O Mounjaro, por sua vez, tem um mecanismo semelhante, só que não age apenas no GLP-1, como também em outro receptor hormonal, o GIP. Sendo assim, age de forma mais potente na perda de peso e também apresenta uma melhora mais importante no controle de glicemia.
O Mounjaro é contraindicado para quem tem alguma questão clínica que impossibilita seu uso, por exemplo, pacientes com cálculos na vesícula biliar podem apresentar uma pancreatite. Quem não possui um quadro de obesidade pode ter uma perda de massa muscular e, portanto, estar mais suscetível a quedas… Neste caso, o exercício físico, sobretudo a musculação, é obrigatória para pacientes que utilizam esses medicamentos mais potentes, como o Mounjaro.
Os estudos que foram realizados com a tirzepatida têm um tempo de duração de até três anos e mostram a ausência de complicações graves, melhora do padrão de glicemia, benefício cardiovascular e perda de peso duradoura durante todo o processo. A perda de massa muscular e a diminuição de massa óssea é uma preocupação, bem como pacientes que apresentem deficiências nutricionais, por isso, devem ter acompanhamento clínico durante todo o tratamento.
Fonte: Glamour
