Lady Gaga leva fãs ao delírio em Copacabana | Brasil

O público foi de cerca de 2,1 milhões de pessoas, segundo assessoria de imprensa da prefeitura do Rio de Janeiro

A artista, que realizou espetáculo gratuito na orla da “princesinha do mar”, na noite de sábado (3), entrou no palco com atraso, por volta das 22h12, sob os gritos de “Ela veio” – uma referência indireta ao fato de ela ter cancelado vinda ao país em 2017, por problemas de saúde. O show estava previsto para começar às 21h45.

Vestida toda de vermelho, com cabelo curto preto estilo chanel, iniciou seu show com “Blood Mary” que ficou famosa na rede social “tiktok”. A compositora não deixou seu público descansar, e já engatou como segunda música “Abracadabra”, do seu mais recente álbum “MAYHEM”, lançado este ano.

No meio da performance de “Abracadabra”, que contou com ajuda de uma dezena de dançarinos, uma surpresa para o público brasileiro. A cantora troca a roupa vermelha por um vestido com as cores da bandeira brasileira. A multidão enlouqueceu quando viu a homenagem.

Mas Gaga não estava satisfeita com a animação da plateia e atacou na sequência com o hit “Judas”.

Foi acompanhada em coro pela multidão, que balançou em uníssono leques com as cores do arco-íris, símbolo da comunidade lgbtqpia+, da qual é árdua defensora.

As trocas de roupa da cantora chamaram a atenção. Em menos de meia hora espetáculo, Gaga já tinha trocado de roupa três vezes. Ao todo, foram em torno de nove figurinos diferentes. Também começou o show morena, mas contou com longos cabelos loiros logo no meio do show e os manteve até o final.

O “setlist” da artista, que cantou mais de 15 músicas, contou com vários”hits” conhecidos do público brasileiro. É o caso de “Shallow”, canção em parceria com ator americano Bradley Cooper, feita para o filme “Nasce uma estrela”, de 2018, no qual ambos protagonizaram.

Outro exemplo foi “Poker Face” , um de seus primeiros sucessos de seu álbum de estreia “The Monster” de 2008. As duas foram cantadas em coro intenso pela multidão de “little monsters”, apelido dado aos fãs da cantora, carinhosamente conhecida por eles como “The Mother Monster”.

Outros grandes sucessos cantados por ela no show, foram “Alejandro”, “Die with a smile” (parceria com o artista Bruno Mars) e “Born this way”. Todos acompanhados, letra por letra, pela plateia de Copacabana.

Também em sua apresentação da música “How bad do you want me”, do álbum “MAYHEM”, fez mais uma homenagem ao Brasil. Dançarinos com a camisa da seleção brasileira a acompanharam, na performance no palco.

Gaga foi super simpática com o público ao longo de todo o espetáculo, sempre conversando com a plateia. Na primeira metade do show gritou “Brasil, estava com saudades” em inglês ao público, que a ovacionou após a fala. A artista não fazia shows no Brasil desde 2012.

Ela também gritava o nome do país entre suas performances e chegou a gritar “Copacabana” entre uma música e outra.

A compositora também chegou a ficar com os olhos cheios de água quando ouviu os gritos de “Gaga, eu te amo” da plateia, após fazer o símbolo de uma garra com as mãos. Esse é um símbolo usado pelos fãs para se cumprimentarem e se reconhecerem como admiradores da compositora.

Mas o auge da interação com o público ainda estava por vir. No meio do show, colocou uma bandeira do Brasil em um balcão elevado montado no meio do palco. E fez um discurso à plateia, em inglês. A artista teve a preocupação de levar um tradutor, apresentado como “Nicholas” por ela, que traduziu as palavras da artista ao público, em português.

“Estamos fazendo história hoje” disse ela. “E ninguém faz história sozinho” afirmou a artista.

Em seu discurso, ela agradeceu o carinho do público brasileiro e disse que demorou a voltar ao país porque precisava se curar. E cumprimentou a plateia, por ter esperado tanto tempo por ela.

Gaga também falou, várias vezes, o quanto amava o público brasileiro e agradeceu efusivamente ao carinho dos fãs do país. “Me ajudem a fazer vocês brilharem hoje”, afirmou.

Ao término de sua fala, disse mais uma vez que amava o Brasil, e foi fortemente aplaudida. A artista chorou quando viu a plateia reagir às suas palavras.

Na última parte de seu show, também agradeceu à comunidade lgbtqpia+ pelo apoio à sua música.

Quase no fim do show, a cantora também balançou uma bandeira do arco-íris, símbolo da comunidade lgbtqpia+, durante a interpretação de “Vanish into you”, uma das novas canções do álbum “MAYHEM”. E desceu do palco para cumprimentar parte do público em um espaço protegido por grades.

A artista terminou sua apresentação com um de seus maiores sucessos: “Bad Romance”, do álbum “The Fame Monster” de 2009. Com uma roupa totalmente branca, repleta de penugens e renda, a cantora terminou seu show gritando a palavra “Brasil” e batendo palmas ao lado de seus dançarinos.

O público brasileiro fez coro à capela com o refrão de “Bad Romance”. E Gaga respondeu com a frase “la la la I love you Brasil” (“eu te amo Brasil”).

Lucas Fellype Raposo da Rocha, de 30 anos, analista de mídia, adorou o o show. “Foi apoteótico” afirmou ele. Foi a primeira vez que ele assistiu presencialmente uma apresentação da cantora. Ele se impressionou com o carinho que a artista demonstrou com a plateia. “Ela mostrou amor ao público brasileiro. Muito”, disse.

Já a cantora brasileira Pabllo Vittar subiu ao palco como DJ na abertura do show gratuito de Lady Gaga. Vittar iniciou o comando das picapes por volta das 19h30.

 A decisão de Vittar vai ao encontro de uma novidade na carreira musical da artista. Após lançar o seu primeiro single de 2025, “Fantasía”, com a argentina Nathy Peluso, a artista anunciou o “Club Vittar”, uma noite em que a cantora vira DJ e fica à frente das pick-ups.

 Antes de Vittar, as duplas de DJs Dubdogz e Cat Dealers iniciaram o som no palco por volta das 17h20.

Após o show de Lady Gaga na Praia de Copacabana, o grupo TROPKILLAZ, formado pelos DJs brasileiros Laudz e Zegon, tomaram conta das picapes, com a cantora Duda Beat.

O show de Lady Gaga faz parte de um projeto mais amplo intitulado “Todo Mundo no Rio”, que inclui shows gratuitos pelos próximos quatro anos na capital fluminense. Além de ser montado via investimento público, a “Bonus Track Entretenimento” , que organiza o evento, em parceria com a “Live Nation Brasil Entretenimento” informou, ainda, como patrocinadores do espetáculo a Corona, que apresenta o evento, o banco Santander Brasil, e a companhia aérea LATAM. Patrocinam ainda Zé Delivery, Guaraná Antarctica e a marca de bebidas prontas Beats. Outras marcas apoiadoras são C&A, TRESemmé, 99 e Eventim. Deezer é o player oficial e a Klefer é parceira comercial do projeto, acrescentou ainda a produtora.