Vanessa da Mata fala sobre novo álbum, 20 anos de carreira e viral de ‘Ainda Bem’

Nesta segunda (12), seguindo a trajetória de quem não tem medo de se desafiar, a cantora se lança em mais um novo projeto. É a vez do álbum Todas Elas, composto por 11 faixas que são resultado de muitas versões de uma mesma Vanessa. “É como se fosse uma Matrioska, aquela bonequinha russa, que você vai tirando as camadas. São várias versões de situações, várias Vanessas, e diferentes contatos com essas personagens, que eu me permito escrever nas minhas canções. Muitas vezes não é sobre mim, mas como vejo as situações, sobre um aspecto de observação. É cheio de muitos ritmos, como sempre. Para mim, é o meu melhor disco”, afirma.

Assim como no anterior, Vem Doce (2023), é ela quem assina a produção musical de Todas Elas. Já os arranjos têm criação coletiva, envolvendo a banda formada por músicos como Marcelo Costa (bateria), Maurício Pacheco (violão e guitarra) e Rafael Rocha (trombone). Entre as faixas, todas autorais, também se destacam participações de João Gomes, Jota.Pê e do norteamericano Robert Glasper, promessa do jazz mundial. “Super produtor, pianista maravilhoso! Ele trabalha com as melhores pessoas do ramo no mercado”, elogia.

Pois é, “Ainda bem”! E me falaram que uma música do Guilherme Arantes, que eu canto, também voltou com tudo. Eu acho maravilhoso. É um meio diferente. Não é de novela, são meios atuais, é espontâneo, surpreendente. É uma música super atual, que há duas gerações, em todos os concertos que faço, as pessoas pedem. Acho que é por isso que ela ressurge.

Essa música tem um pedido de reflexão sobre o existir. Não está falando de autoestima somente, é muito mais profundo do que isso. Fala da simplicidade de se gostar no agora, de perceber coisas simples, de gostar de viver, e de amar esse viver e o existir. De se dar a chance de aproveitar a vida, que é um verdadeiro presente para muitos. De perceber as coisas que são gratuitas e que ninguém faz propaganda. Ela também fala de quebrar padrões. Por mais que a vida diga “não”, você diz “sim”.

Eu estava totalmente exausta após o musical sobre a Clara Nunes, que foi um sucesso inimaginável. Fiz, pela primeira vez, um mergulho como atriz. Quando saí dele, a cabeça não parou de fazer músicas lindas, aí comecei e produzi. A base do disco foi feita em quatro dias! As músicas não paravam de jorrar na minha cabeça, e eu não conseguia dormir. Foram dias bem intensos, e eu já estava cansada, mas era como se o meu corpo estivesse precisando disso, era uma necessidade de criação mesmo. E eu, como sempre fui intensa, me vi intensa novamente.

Acho que ele veio dessa forma. Esse disco tem muitas versões de mim, é como se fosse uma Matrioska, aquela bonequinha russa, que você vai tirando as camadas. São várias versões de situações, várias Vanessas, e diferentes contatos com essas personagens, que eu me permito escrever nas minhas canções. Muitas vezes não é sobre mim, mas como eu vejo as situações, sobre um aspecto de observação. É cheio de muitos ritmos, como sempre. Para mim, é o meu melhor disco.

Ele é dado hoje como a promessa do jazz no mundo. Super produtor, pianista maravilhoso, trabalha com as melhores pessoas do ramo no mercado. A gente se encontrou nessa canção, ele me mandou algumas coisas tocando, eu fiz a melodia e letra em cima. E aí se deu essa parceria linda. Eu adoro a música! É uma música viva, que fala de um Brasil que é vivo, e que tem esses luxos que são todos esses ritmos do Brasil profundo.

Fonte: Glamour

Compartilhar esta notícia