De repente, escrever esse texto fez muito mais sentido ao som de Taylor Swift. Enquanto imagino o final feliz que Conrad Fisher e Isabelle Conklin terão — bom, assim espero (eu e mais da metade das fãs da série) — percebo que tudo se conecta. Se você não entendeu a primeira frase, é provavelmente porque ainda não conhece a série da Amazon Prime O Verão Que Mudou a Minha Vida (The Summer I Turned Pretty), baseada nos livros da escritora Jenny Han, também responsável por outro romance muito famoso, mas da Netflix: Para Todos os Garotos que Já Amei.
E se você não conhece a série que literalmente para o mundo (sem exageros!) todas as quartas-feiras e está em busca de um romance clichê que, à propósito, vai fazer você gritar de raiva com a televisão, então precisa dar uma chance à produção. Porém, hoje o assunto não é te convencer a assistir às três temporadas, e sim contar sobre um dos protagonistas, Conrad, seu estilo de “pai” e como as roupas meticulosamente escolhidas para ele ajudam a reforçar seu status de irmão favorito da trama.
o estilo de conrad fisher
Interpretado por Christopher Briney, Conrad é o irmão mais velho da família e médico formado pela Stanford. Na série, ele tem 23 anos e, da primeira temporada até agora, não só amadureceu como pessoa, mas também transformou seu estilo em algo mais clássico — o que as fãs apelidaram carinhosamente de dad style (do qual eu, particularmente, sou adepta e gosto muito).
Mas, afinal, o que é esse tal dad style? Desde que Conrad começou a terapia para lidar com a morte de sua mãe, Susannah, mudou-se e se formou, ele passou a aparecer em cena com calças cáqui, polos, camisas de botão e, meu favorito, um relógio analógico de couro da Omega. Mesmo sendo básico, esse acessório eleva qualquer produção casual ao longo dos episódios. Assim, não é difícil enxergar aquele jovem de 23 anos como um “pai” bem-sucedido, dono de um estilo casual e effortlessly cool.
O retorno dessa estética mais polida tem muito a ver com o apreço da nova geração pelos anos 90 e seu minimalismo cheio de peças atemporais. Silhuetas consideradas chiques, elegantes e clássicas em tons neutros voltaram ao radar. Não é de hoje: desde que o preppy style se popularizou, referências como Carolyn Bessette-Kennedy e Leonardo DiCaprio dos anos 90 já vinham sendo revisitadas.
Crédito: Christopher Briney (Reprodução/Erika Doss/Prime Video)
Crédito: Christopher Briney (Reprodução/Erika Doss/Prime Video)
Crédito: Christopher Briney (Reprodução/Erika Doss/Prime Video)
Jess Flaherty, responsável pelo figurino da série, contou à GQ que gosta de enxergar Conrad como um “Harrison Ford nos anos 90 em looks de aeroporto”, ou seja, casual, mas com toques despojados de estilo e conforto. “Um visual suave, estruturado e atemporal”, resumiu.
A figurinista também revelou que, enquanto Susannah estava viva, era ela quem comprava as roupas de Conrad, o que explicava seu guarda-roupa de veraneio (afinal, a história se passa nos meses de férias de verão, nos EUA, entre junho e agosto). Agora, o figurino reflete a tentativa do personagem de se recompor e transmitir maturidade. “Ele teria um armário cheio de camisas sociais perfeitamente penduradas. Suas camisetas provavelmente estão dobradas com precisão. Não há nada na cadeira”, brincou Flaherty.
Leia também: Eu só quero copiar os looks de aeroporto das celebridades nos anos 90
como o estilo de conrad influência sua preferência na série?
Flaherty não só veste Conrad, mas também Jeremiah, o irmão mais novo. E a diferença entre eles sempre ficou evidente. “Anteriormente, Jeremiah era mais arrumado e estiloso, como vimos nas primeiras temporadas. Ele usava camisas coloridas, calças plissadas, sempre vibrante. Vestir Jeremiah era divertido”, contou.
Mas, quando Jeremiah foi para a faculdade, seu estilo evoluiu para algo mais casual, típico de um universitário que ainda está se descobrindo. “A ideia para ele é: pegar algo da cadeira do dormitório ou da fraternidade, vestir e ainda assim ficar fofo”, explicou.
E como esses estilos opostos afetam a percepção do público? Antes de responder, é importante contextualizar: como todo bom triângulo amoroso à la Crepúsculo, os fãs se dividem em #TeamConrad e #TeamJeremiah. E eu fico feliz em informar: o time de Conrad ganha de lavada — quase um 7×1 romântico.
Crédito: Gavin Casalegno (Reprodução/Erika Doss/Prime Video)
Crédito: Lola Tung e Gavin Casalegno (Reprodução/Erika Doss/Prime Video)
Enquanto Jeremiah pode parecer irresponsável, imaturo e despreparado (muito por conta de seu visual mais desleixado: moletons de zíper, jeans largos e bermudas coloridas), Conrad transmite segurança e maturidade emocional. Claro que o roteiro, o enredo e as situações contribuem, mas é impossível ignorar o quanto o figurino reforça isso. Roupas transmitem muito — mais do que a gente percebe.
Nada é escolhido por acaso. O figurino direciona o olhar do público, seja para enxergar um protagonista como um clássico boy lixo, seja como um abraço quentinho ao volante de um novo Maserati em uma rua sem saída. (Essa é para as minhas amigas fãs da Taylor Swift).
E aí, você já tinha parado para pensar nisso? Em como os times Conrad e Jeremiah também podem ter sido influenciados pela escolha dos figurinos da série? Conte para nós! Ah, e aproveite para dividir de qual time você é. Acho que não preciso declarar qual o meu lado aqui, não é?
Gostou? Então assine nossa newsletter e seja a primeira a saber de novidades e tendências do mundo da moda!
Fonte: Steal the Look
