A espera acabou. Nessa madrugada, horas antes da Milan Fashion Week começar, foi liberada uma prévia da Gucci de Demna, com a visão do designer para a marca. Um prefácio de 38 fotos antes do primeiro desfile oficial que vai rolar em fevereiro.
O lookbook reúne arquétipos Gucci e revisita seus elementos mais icônicos: a estampa Flora, o cinto com dois Gs, o mocassim horsebit, as listras em verde e vermelho, o monograma, a bolsa bamboo. São os maiores hits da casa, reeditados sem nostalgia forçada, apenas com aquele pragmatismo de quem sabe (ou espera) que os pontos atemporais ainda têm capacidade de mover milhões.
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Foto: Gucci (Reprodução/Instagram)
tudo sobre a Gucci de Demna
A imagem que abre o novo momento é de um baú monogramado. Literalmente um aceno ao passado, das origens. Mas não foi só um gesto de respeito ao arquivo, foi estratégia. Demna disse que queria começar com uma página em branco. A viagem ao passado é a maneira mais eficiente de criar familiaridade quando o futuro ainda não foi totalmente desenhado.

Foto: Gucci (Reprodução/Instagram)
Sim, as especulações de um retorno à era Tom Ford estavam certas. Em partes. Tem aquele minimalismo injetado com sex appeal e verniz 70s. Mas o que pegou de surpresa foram as referências mais recentes. Aquelas de Alessandro Michele. Sim, ele mesmo. Uma excentricidade luxuosa e múltipla. Apesar de que, na interpretação de Demna, os excessos vêm mais polidos. Nada daquele espírito “tudo ao mesmo tempo agora” que virou sinônimo com a marca. Aqui, a proposta é mais clean e refinada.

Foto: Gucci (Reprodução/Instagram)
“Quis fazer roupas que as pessoas realmente queiram usar”, ele disse em entrevista ao WWD. Parece óbvio, mas depois de uma década onde o conceito quase engoliu a roupa, e viralizar parecia ser o objetivo, o comentário é muito bem vindo.

Foto: Gucci (Reprodução/Instagram)
O nome da coleção, “La Famiglia”, que vai estar disponível para vender em lojas selecionadas da Gucci entre 25 de setembro e 12 de outubro, vem para reforçar essa ideia de identificação emocional. Uma sucessão das diversas personas que habitam o universo visual da Gucci, com nomes como “a princesa”, “it girl”, “o introvertido”, “o diretor”, “a esnobe”, a coleção promete agradar clientes dos mais variados que sentem falta de diferentes eras da grife. Os excessos foram reorganizados. Dos 60s aos 90s, tudo coexiste com naturalidade. De sungas a casacos de pele volumosos, vestidos de gala e acessórios statement.

Foto: Gucci (Reprodução/Instagram)
Não é novidade. E talvez nem queira ser. A proposta parece ser justamente essa: refinar o conhecido. Entregar algo reconhecível sem cair no déjà vu. Uma Gucci mais em sintonia com a ideia de luxo que Demna descreveu como “conforto, familiaridade e conexão emocional”. Menos choque, mais permanência.

Foto: Gucci (Reprodução/Instagram)
Dia 26, um curta intitulado “The Tiger”, dirigido por Spike Jonze e Halina Reijn, vai ser revelado como complemento ao lookbook.
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Fonte: Steal the Look