Loewe encerra 2024 com faturamento de 885 milhões de euros e aumenta suas receitas em 9,2%

A marca de luxo espanhola continua acelerando seu crescimento. A Loewe SA, principal sociedade operacional da marca detida pelo grupo francês LVMH, registrou no exercício fiscal de 2024 um volume de negócios de 885,2 milhões de euros, o que representa um aumento de 9,2% face ao ano anterior. Embora a LVMH não divida os seus resultados por marca e a atividade da empresa não ofereça um quadro completo do desempenho da empresa, os números ajudam a compreender a situação atual da marca.

O crescimento das vendas não evitou um recuo do resultado líquido, de acordo com o diário econômico espanhol Expansión, com base nas contas depositadas pela sociedade no Registro Mercantil. O lucro da empresa caiu 24% em termos homólogos, se fixando em 157 milhões de euros, devido ao aumento generalizado dos custos operacionais. O lucro total foi distribuído na íntegra pelos seus acionistas, na sua maioria pertencentes à LVMH, através das suas subsidiárias neerlandesa (76,72%) e francesa (23,28%). No conjunto, a Loewe distribuiu mais de 600 milhões de euros em dividendos ao grupo de luxo nos últimos quatro exercícios.

Por mercados, a Europa, o Oriente Médio e a África (EMEA) lideraram a atividade comercial, com 246,8 milhões de euros, o que representa um aumento de 18,7%. O Japão e os Estados Unidos também registraram um desempenho positivo, com crescimentos de 27,6% e 31,2%, respectivamente. No entanto, o restante do continente asiático registrou um recuo de 13,8%, para 193 milhões de euros. Em termos de canais de distribuição, o canal de atacado gerou um total de 129 milhões de euros, as vendas online atingiram 21,3 milhões de euros e as participações da empresa acrescentaram mais 18,5 milhões de euros ao negócio.

A marca, fundada em Madri em 1846 e reconhecida pela sua herança artesanal, conta desde março de 2025 com a dupla de designers Jack McCollough e Lázaro Hernández, fundadores da Proenza Schouler, à frente da direção criativa, sucedendo a Jonathan Anderson. Este último deixou o cargo na Loewe após uma década para se concentrar plenamente no seu novo papel à frente da Dior, outra das marcas principais do grupo do empresário francês Bernard Arnault.