Funcionários da Kering na Itália entram em greve devido a ‘decisões unilaterais’ da empresa

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Reuters

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21 de outubro de 2025

Os trabalhadores das unidades italianas do grupo francês de luxo Kering marcaram uma greve de quatro horas na terça-feira, 21 de outubro, segundo os sindicatos, que alegam falta de vontade da empresa para dialogar sobre questões como o teletrabalho.

Balenciaga – Primavera-Verão 2026 – Womenswear – França – Paris – ©Launchmetrics/spotlight

A paralisação afetará trabalhadores das marcas da Kering, incluindo a Gucci, Balenciaga e Yves Saint Laurent, com manifestações previstas em Milão e Scandicci, uma cidade perto de Florença.

A Kering enfrenta uma quebra nas vendas e um elevado nível de endividamento, e na segunda-feira acordou vender o seu negócio de beleza à L’Oréal.

Os sindicatos italianos Filctem Cgil, Femca Cisl e Uiltec Uil afirmaram que as recentes conversações com os representantes da Kering revelaram um “encerramento preconcebido ao diálogo”, acusando o grupo de decisões unilaterais que podem fragilizar as relações laborais e os direitos dos trabalhadores.

Um exemplo foi a decisão da empresa de limitar o teletrabalho, segundo o representante do sindicato Filctem Cgil, Massimo Bollini.

“Mas, para além deste caso específico, o que muda é a abordagem: as decisões são apresentadas como finais e não negociáveis”, adiantou à Reuters.

A Kering Italia disse que informou os sindicatos, em novembro passado, do seu plano para reduzir para metade o número de dias de teletrabalho por mês, de oito para quatro, conforme a estratégia global do grupo.

O acordo anterior foi prolongado até setembro para permitir o diálogo, e a nova política entrou em vigor em outubro.

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Fonte: Fashion Network

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