Abicalçados marca presença em reunião do CNCP

A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), como entidade membro do Conselho Nacional de Combate à Pirataria (CNCP), participou no último dia 18 de fevereiro da primeira reunião do grupo em 2025. No encontro, foi validado o relatório anual do CNCP, que reúne operações de fiscalização, campanhas educativas e parcerias nacionais e internacionais para fortalecer o mercado legal e aprimorar a legislação. O encontro ocorreu no Palácio da Justiça, em Brasília/DF.

O presidente executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, que participou do encontro, destacou a importância do combate à pirataria. “Essa ilegalidade não prejudica apenas a sociedade, com perdas de empregos e sonegação fiscal, mas também os próprios usuários, que compram um produto mais barato, sem controle de qualidade e que pode até ser prejudicial à saúde”, comentou. No final do ano passado, a Abicalçados criou uma campanha para combater a pirataria no setor. A campanha “Não à pirataria no Brasil! Só calçados originais” vem coletando dados sobre empresas que atuam sem regulamentação e padronização de seus produtos no mercado brasileiro.

O encontro também marcou a apresentação de um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre o impacto da ilegalidade na indústria brasileira. Segundo o estudo, 51% das 250 empresas entrevistadas acreditam que o comércio digital aumentou a prática de pirataria e 76% delas acreditam que é necessária maior fiscalização para combater a ilegalidade. Outro estudo publicado recentemente pelo Fórum Nacional Contra a Pirataria (FNCP) alertou sobre o crescimento da pirataria. Em 2014, o prejuízo da indústria nacional foi de R$ 100 bilhões, valor que deve subir para R$ 468,3 bilhões em 2024. O setor de vestuário e calçados foi o mais afetado, com perdas estimadas em R$ 87 bilhões no ano passado.

Além do encontro, Ferreira participou da cerimônia de premiação do Prêmio Nacional Antipirataria. O evento homenageou indivíduos que se destacaram no combate à pirataria, ao contrabando e aos crimes relacionados à propriedade intelectual em 2024. Realizado anualmente, o prêmio tem como objetivo reconhecer e valorizar esforços que fortaleçam a legalidade e protejam os direitos autorais e de propriedade intelectual.