Ações de siderúrgicas dos EUA mantêm alta, após decreto de Trump sobre taxação de importações | Empresas

As ações das siderúrgicas americanas mantiveram o movimento de alta, nesta terça-feira (11), depois que o presidente Donald Trump assinou decretos aumentando as tarifas sobre importações de aço e alumínio de 10% para 25%. Os papéis já haviam apresentado forte valorização no pregão de segunda (10), em meio à expectativa de que o presidente americano concluísse o prometido.

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Os decretos elevam a tarifa sobre o alumínio importado ante os 10% impostos em 2018 para apoiar o setor em dificuldades e cancelam isenções e cotas de importação sem taxas para fornecedores importantes como Canadá, México e Brasil.

Com isso, a medida restabelece uma tarifa de 25% sobre milhões de toneladas de importações de aço e alumínio que vinham entrando nos EUA sem taxas, sob acordos de cotas, isenções e milhares de exclusões de produtos.

As ações da Nucor Corp subiram 0,45%, enquanto a United States Steel avançou 1,46% e a Steel Dynamics teve alta de 1,50%. Já Cleveland-Cliffs recuou 4,64%, em movimento de correção ao salto de 17,93% da sessão de segunda-feira.

No Brasil, a Gerdau fechou em alta de 0,97% na B3. Para o Itáu BBA, a companhia se posiciona como a principal siderúrgica brasileira que irá se beneficiar com a imposição de tarifas dos Estados Unidos sobre aço e alumínio produzido fora do país.

Os analistas liderados por Daniel Sasson escrevem que os preços do aço negociado internamente nos EUA devem subir cerca de 5% por conta das tarifas, gerando um aumento de 12% no Ebitda da Gerdau.

Eles lembram que os EUA correspondem a cerca de 60% das exportações de aço do Brasil, mas a enorme maioria é de companhias que não têm ações negociadas no mercado brasileiro, como Ternium e ArcelorMittal, sendo mais impactadas.

No caso de Usiminas e Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que têm 3% e 4% de suas receitas, respectivamente, expostas ao mercado americano, o impacto não deve ser grande nos resultados, afirma o banco.

A Usiminas fechou em alta de 3,50%, a R$ 5,92, enquanto a Companhia Brasileira de Alumínio avançou 5,50%, a R$ 5,74. Já a CSN fechou em queda de 2,21%, a R$ 8,87.

Fonte: Valor

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