Acusado por tentativa de golpe, militar reformado recorre à defensoria pública para responder no STF | Política

O militar reformado e advogado Ailton Gonçalves Moraes Barros se defendeu das acusações da Procuradoria-Geral da República (PGR), no caso da trama golpista, por meio da Defensoria Pública da União (DPU), no Supremo Tribunal Federal (STF). Este é o primeiro caso de defesa pelo serviço público entre os denunciados.

A DPU oferece assistência jurídica gratuita para pessoas que não têm condições de pagar por um advogado.

Segundo a denúncia da PGR, Ailton teve um papel relevante na coordenação das ações de pressão aos comandantes militares, com apoio de Braga Netto. O militar reformado é acusado de incitar outros militares e difundir ataques virtuais idealizados pelo grupo. Em 19 de dezembro de 2022, ele fez uma postagem no X (antigo Twitter) convocando o público para o golpe de Estado.

No documento de defesa prévia, os advogados da DPU usaram a estratégia que já consta em petições de defesa de outros denunciados, como classificar a denúncia como inepta, pedir o impedimento do ministro Alexandre de Moraes e que o caso seja analisado no plenário do Supremo.

A defensoria destaca a delação de Mauro Cid menciona que o colaborador disse não saber informar se o general Braga Netto tinha contato com Ailton. Além de Ailton, outros 33 foram denunciados pela PGR por tentativa de golpe.

O militar foi expulso do Exército em 2006, se tornou advogado e era ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ailton foi preso pela Polícia Federal acusado de intermediar inserção de dados falsos no cartão de vacinação da Covid do ex-presidente. Ele tentou disputar as eleições de 2022 do Rio de Janeiro para deputado estadual pelo PL, mas não conseguiu se eleger.

Fonte: Valor

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