O vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin (PSB), elogiou o posicionamento do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, ao “determinar” às autoridades americanas a retirada imediata das algemas de migrantes brasileiros deportados que desembarcaram em Manaus na última sexta-feira (24).
Em uma publicação na rede social X, o vice do governo Lula (PT) classificou como “louvável” a “determinação” do ministro, que recebeu orientação do presidente Lula.

Alckmin fez críticas à forma como os EUA deportaram os brasileiros, citando um trecho da Constituição que aborda Direitos Humanos, o mesmo apontado por Ricardo Lewandowski.
“Nossa Constituição estabelece a dignidade da pessoa humana como princípio republicano basilar e a prevalência dos direitos humanos como um dos eixos das suas relações internacionais”, afirmou.
Após notificação do ministro ao presidente Lula, o petista determinou o envio de uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) para auxiliar que os brasileiros completassem o trajeto até seu destino final. Ao todo, 158 imigrantes estavam em um voo que partiu de Alexandria, na Virgínia, e deveria chegar a Belo Horizonte.
O avião americano havia pousado em Manaus para reabastecer na sexta-feira, mas uma falha técnica impediu a continuidade do voo até Minas Gerais.
Itamaraty questionará EUA sobre tratamentos a deportados
O Ministério das Relações Exteriores informou neste sábado que irá pedir “explicações” ao novo governo de Donald Trump sobre o tratamento dispensado aos brasileiros deportados dos EUA.
De acordo com o Itamaraty, a situação experimentada pelos brasileiro foi “degradante”. O ministério informou ainda que o chanceler Mauro Vieira se reuniu com o delegado Sávio Pinzón, superintendente interino da Polícia Federal no Amazonas, e com o major-brigadeiro Ramiro Pinheiro, comandante do 7º Comando Aéreo Regional da Força Aérea Brasileira (FAB).
“A reunião subsidiará pedido de explicações ao governo norte-americano sobre o tratamento degradante dispensado aos passageiros no voo”, afirmou o Palácio do Itamaraty.
Fonte: Gazeta do Povo