Aprovação de Lula despenca ao pior nível em três mandatos

O índice de aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) despencou de 35% para 24% nos últimos dois meses, segundo a pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (14). O patamar é o pior registrado pelo instituto nos três mandatos do petista na presidência.

Em meio a uma série de desgastes, com destaque para a crise do Pix, a reprovação do mandatário escalou de 34% para 41%. Os que acham o governo regular somam 32%, antes eram 29%.

Lula começou o terceiro ano do atual mandato com a divulgação do ato normativo da Receita Federal que ampliava a fiscalização de transferências instantâneas acima de R$ 5 mil. Com a forte repercussão negativa da população, o Fisco tentou esclarecer que a medida não representava a taxação do Pix, mas sem sucesso.

O governo revogou a medida e culpou a desgaste em falhas da comunicação, além de acusar a oposição de disseminar supostas fake news sobre o tema nas redes sociais. Lula demitiu o então ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência, Paulo Pimenta, e colocou seu marqueteiro, o publicitário Sidônio Palmeira no cargo.

No entanto, a mudança parece não ter surtido o efeito desejado pelo Planalto.

Agora, o petista enfrenta a alta no preço dos alimentos pressionada pela inflação. Neste caso, mesmo com os conselhos de Sidônio, fez comentários considerados fora do tom sobre o tema. No último dia 6. Lula sugeriu que a população evite comprar produtos caros para pressionar a redução dos preços e ajudar a controlar a inflação.

“Se todo mundo tiver consciência e não comprar aquilo que está caro, quem está vendendo vai ter que baixar para vender, senão vai estragar. Isso é da sabedoria do ser humano. Esse é um processo educacional que nós vamos ter que fazer com o povo brasileiro”, afirmou o mandatário em entrevista às rádios Metrópole e Sociedade, da Bahia.

O Datafolha ouviu 2.007 eleitores em 113 cidades, nos dias 10 e 11 de fevereiro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou menos.

Fonte: Gazeta do Povo

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