Banco Pan tem lucro de R$ 211 milhões no 4º trimestre de 2024 | Finanças

O Banco Pan registrou lucro líquido ajustado de R$ 211 milhões no quarto trimestre de 2024, com queda de 2% ante o trimestre antecedente e alta 8% em relação ao mesmo período do ano anterior . O número de clientes chegou a 31,5 milhões, crescimento de 2% em três meses e de 12% na comparação anual. Em 2024, o banco lucrou R$ 855 milhões, com expansão de 10%.

A carteira de crédito fechou os três meses até dezembro em R$ 52,7 bilhões, alta de 3% no trimestre e de 26% em um ano. Desse total, 57% correspondem a operações de financiamento de veículos, com aumento anual de 36%, totalizando R$ 30 bilhões.

“Em 2024, avançamos na consolidação do Pan como uma plataforma digital completa de crédito e banking. Aperfeiçoamos o aplicativo e os modelos de crédito e cobrança, fortalecemos a transacionalidade e engajamento dos nossos clientes”, afirma em nota o CEO do Pan, Carlos Eduardo Guimarães.

A inadimplência (acima de 90 dias) ficou em 7,0%, de 7,1% em setembro e 7,3% em dezembro do ano anterior. A inadimplência de curto prazo (15 a 90 dias) ficou em 8,6%, de 8,4% e 9,0%.

Em 2024, o Pan disse que planeja elevar a fatia de crédito sem garantia na sua carteira — que inclui cartão de crédito e diversos tipos de crédito pessoal — do nível atual perto de 6% para 10% dentro de um ano. Agora, com um ciclo de alta da Selic e a inadimplência parando de cair, esse movimento pode se tornar mais gradual.

Quase um terço da carteira do Pan é de consignado, sendo que o INSS responde pela maior parte. No fim de novembro, o banco anunciou a suspensão da produção via correspondente bancário, em função do teto de juros imposto pelo Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS). Apesar da elevação do teto anunciada em janeiro, os bancos têm dito que o patamar ainda é insuficiente.

A receita de serviços foi de R$ 508 milhões, crescimento trimestral de 20% e anual de 35%. “Seguimos confiantes que, em 2025, expandiremos mais a oferta de crédito contextualizada, gerando mais engajamento e transacionalidade”, aponta Inácio Caminha, superintendente executivo de RI e captação.

No balanço do terceiro trimestre o Pan já tinha avisado que a implantação da norma 4966 do Banco Central, que prevê mudanças na contabilização de diversas linhas, deve ter um impacto de quase R$ 1 bilhão no patrimônio líquido. Entretanto, em dezembro o BC tornou o impacto sobre o capital regulatório mais gradual.

 — Foto: Divulgação
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Fonte: Valor

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