Declínio é impulsionado por inseticidas, mudanças climáticas e perda de habitat, colocando em risco a biodiversidade e os ecossistemas

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As borboletas americanas estão desaparecendo devido ao uso de inseticidas, mudanças climáticas e perda de habitat, com uma queda de 22% na população desde 2000, conforme revela um estudo.
A pesquisa, publicada no jornal Science, é a primeira análise nacional sobre o assunto, mostra uma redução média de 1,3% ao ano no número de borboletas nos 48 estados continentais dos EUA, com 114 espécies em declínio e apenas nove em crescimento.
Detalhes do estudo
- O estudo, que analisou quase 77 mil pesquisas e contou 12,6 milhões de borboletas, também observou um recorde baixo de borboletas-monarcas, que quase desapareceram, com menos de 10.000 registradas no mês passado, comparado a 1,2 milhões em 1997.
- A perda de borboletas é considerada “catastrófica” e, embora o declínio anual pareça pequeno, ao longo de décadas pode resultar na perda de metade das espécies de borboletas.
- Espécies raras e menos estudadas são motivo de preocupação, e algumas, como a borboleta St. Francis Satyr, podem já estar extintas.

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As borboletas, além de serem polinizadoras importantes, são um sinal da saúde ecológica, alertando sobre o estado dos ecossistemas e da natureza.
O estudo revela que as áreas mais quentes e secas, como o sudoeste dos EUA, enfrentam os maiores declínios, e os inseticidas são apontados como a principal causa. No entanto, restaurar habitats e mudanças no uso de pesticidas oferecem esperança para a recuperação dessas espécies.


Colaboração para o Olhar Digital
Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.
Fonte: Olhar Digital