O Brasil registrou déficit em suas transações correntes de US$ 2,245 bilhões em março, conforme divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central (BC). No mesmo mês de 2024, o saldo da conta corrente foi negativo em US$ 4,087 bilhões.
Já no acumulado de 12 meses, a diferença entre o que o país gastou e o que recebeu nas transações internacionais relativas a comércio, rendas e transferências unilaterais alcançou saldo negativo de US$ 68,467 bilhões, o equivalente a 3,21% do Produto Interno Bruto (PIB) estimado pela autoridade monetária.
Para 2025, o BC calcula déficit em conta corrente de US$ 62 bilhões, conforme divulgado pela autoridade monetária no último Relatório de Política Monetária.
O ingresso líquido do Investimento Direto no País (IDP) somou US$ 5,990 bilhões em março. Em março do ano passado, o IDP tinha somado US$ 10,236 bilhões.
Fazem parte do IDP os recursos destinados à participação no capital e os empréstimos diretos concedidos por matrizes de empresas multinacionais às suas filiais no país e vice-versa. O retorno de investimento brasileiro no exterior também integra essas estatísticas.
Nos 12 meses encerrados em março, o IDP somou US$ 68,213 bilhões, ou 3,19% do Produto Interno Bruto (PIB), ante 2,85% do PIB vistos no mesmo período de 2024. O montante é insuficiente para cobrir o déficit em conta corrente de 3,21% do produto nos 12 meses.
O BC calcula IDP de US$ 70 bilhões para 2025, conforme divulgado no Relatório Trimestral de Inflação (RTI).
Os investimentos estrangeiros em carteira tiveram saída líquida de US$ 1,094 bilhão em março. Em março de 2024, houve entrada de US$ 377 milhões.
No mercado de renda fixa, saíram liquidamente US$ 155 milhões em março. Considerando apenas as negociações no país nesse segmento, o resultado foi negativo em US$ 841 milhões.
Já o fluxo de investimentos estrangeiros em ações via bolsas de valores resultou em saída de US$ 2,710 bilhões no mês, considerando tanto aplicações via bolsa brasileira quanto via Bolsa de Nova York.
Para 2025, o BC calcula que haverá ingresso líquido de investimentos em carteira de US$ 10 bilhões, conforme divulgado no Relatório de Política Monetária.
A remessa líquida de lucros e dividendos das empresas para o exterior ficou em US$ 3,831 bilhões em março. Em março de 2024, a remessa foi de US$ 4,427 bilhões.
O BC calcula remessa líquida de US$ 41 bilhões em lucros e dividendos para 2025, conforme divulgado no Relatório de Política Monetária.
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Fonte: Valor