Champs-Élysées reafirma o seu poder de atração em 2025

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23 de setembro de 2025

A crise da desocupação comercial nos Champs-Élysées chegou ao fim. Após os confinamentos provocados pela pandemia, os espaços vazios se multiplicavam na principal artéria da capital francesa, mas a realização dos Jogos Olímpicos de Paris em 2024 relançou definitivamente a sua atratividade. De acordo com a Newmark, consultora especializada em imobiliário comercial, a euforia olímpica, que levou muitas insígnias a se instalarem ou a reverem os seus conceitos, se prolonga em 2025. E a taxa de desocupação se situa em 3,5%, enquanto novos nomes internacionais, do luxo ao esporte, se preparam para abrir portas em breve.

Em menos de dez anos, o luxo ganhou peso nos Champs-Élysées
Em menos de dez anos, o luxo ganhou peso nos Champs-Élysées – FNW. OG

“O ressurgimento da atividade nos Champs-Élysées levou várias marcas a modernizarem os seus conceitos, a se relocalizarem ou a ampliarem as suas áreas para antecipar o regresso do turismo e enriquecer a experiência do cliente”, analisa Antoine Salmon, especialista do mercado parisiense. “As receitas são elevadas, mas variam muito consoante as marcas, e a comparação com o período pré-Covid permanece delicada. O que é certo é que as insígnias que renovaram ou ampliaram a sua flagship registam um aumento das vendas. A questão da rentabilidade é mais complexa, mas uma loja nos Champs-Élysées é uma poderosa ferramenta de comunicação, o que justifica que uma parte da renda seja encarada como um investimento em marketing.”

Os investimentos continuam elevados e, segundo o gabinete, rondam os 15 mil euros por metro quadrado por ano. Embora os Champs-Élysées disponham de menos grandes superfícies do que as suas artérias congêneres, como a Fifth Avenue em Nova Iorque, a Oxford Street e, sobretudo, a Regent Street em Londres, a avenida conta com 42% de áreas superiores a 1.000 metros quadrados. Ou seja, instalar uma loja na avenida não está ao alcance de todas as empresas.

Números‑chave apresentados pela Newmark comparando os Champs-Élysées com a Fifth Avenue em Nova Iorque e com a Oxford Street e a Regent Street em Londres
Números‑chave apresentados pela Newmark comparando os Champs-Élysées com a Fifth Avenue em Nova Iorque e com a Oxford Street e a Regent Street em Londres – Newmark

No entanto, e mesmo que a afluência tenha diminuído ligeiramente desde o início do ano, assinala a Newmark, são ainda muitos os que se apressam a chegar aos consumidores europeus e internacionais que percorrem o troço comercial de 1,2 quilômetros da “mais bela avenida do mundo”.

Enquanto as obras prosseguem para o grupo LVMH, que está a renovar a antiga sede francesa do banco HSBC, nos números 103‑111 da avenida, o grupo está a instalar um flagship do seu joalheiro norte‑americano Tiffany no número 100. O luxo ganhou claramente força na artéria, representando agora 28% da oferta, face a menos de 10% em 2017. É um nível praticamente idêntico ao do segmento mass market, que há cerca de uma década representava cerca de metade dos operadores da avenida, sublinha a análise da Newmark. E muitos projetos ainda não oficializados são promovidos por operadores de luxo.

No segmento do luxo, a Balenciaga, do grupo Kering, abrirá no número 125, enquanto o outerwear de gama alta da Canada Goose é esperado no 73. A avenida continua a ser um destino para novos protagonistas do esporte. Depois da On Running e da Lululemon, é a marca Alo Yoga, novo protagonista em ascensão do sportswear premium, que se vai instalar em cerca de 2 mil metros quadrados no antigo espaço da Zara, no número 92… A Zara, que utilizava esse espaço comercialmente, mas sobretudo como área de stock, vai ainda ampliar a sua flagship no número 74 em 2026.

Lista das aberturas identificadas pela Newmark
Lista das aberturas identificadas pela Newmark – Newmark

Depois da Onitsuka Tiger, da Polène, da Restoration Hardware ou da Delsey e destas futuras aberturas, qual é o potencial para novos entrantes? Para a equipe da Newmark, as oportunidades continuam em aberto. “Cerca de 20 marcas, presentes na Oxford Street, na Regent Street e na Fifth Avenue, continuam ausentes dos Champs-Élysées, sobretudo nos segmentos do esporte (Puma, NBA, Skechers, etc.) e da moda (Mango, Uniqlo, etc.). Isto dá uma ideia da evolução que poderá ocorrer na oferta comercial da avenida. Atualmente, algumas destas marcas estão, aliás, a explorar ativamente oportunidades de implantação. Outras, que tinham deixado a avenida, poderão regressar devido ao impacto incomparável, para a visibilidade de uma marca, de uma flagship nos Champs-Élysées”, conclui o especialista em imobiliário comercial.

Assim, não há dúvida de que o projeto de 5 mil metros quadrados promovido pela Icade, nos números 29‑33 da avenida, deverá suscitar grande interesse.
 

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Fonte: Fashion Network

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