China vai apertar o cerco contra “maliciosos” em redes sociais

Administração do Ciberespaço chinês vai focar em tendências, como criação deliberada de conteúdos falsos em plataformas de vídeos

Logos de várias redes sociais na tela de um smartphone
China é o país com o maior número de usuários de redes sociais do mundo (Imagem: Adam Yee/iStock)

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O governo da China lançou campanha para combater o que considera “comportamento malicioso” em plataformas de vídeos curtos, como o Douyin, similar ao TikTok, que está bloqueado no país. A informação é da agência de notícias Lusa.

A iniciativa da Administração do Ciberespaço chinês busca criar “ambiente digital claro e ordenado, por meio da identificação e correção de comportamentos irregulares”, segundo a reportagem.

Campanha vai focar em conteúdos falsos (Imagem: li dekun/iStock)

Como será a campanha da China contra “maliciosos”?

  • A ação vai focar em tendências, como a criação deliberada de conteúdos falsos;
  • Os usuários estariam “encenando cenas lamentáveis” a partir da falsificação de identidade, muitas vezes com a “invenção de histórias melodramáticas com fins lucrativos” sob o pretexto de ajudar grupos vulneráveis, diz o jornal local The Paper;
  • O governo vai notificar as plataformas para promover “pente-fino” minucioso e tomar medidas de controle contra a divulgação de informações falsas, seja por meio de edição manipulada, apresentação distorcida de fatos ou uso de ferramentas de inteligência artificial (IA).

Além disso, as autoridades pedem o controle de conteúdos que violem as “regras de decência pública”, o que inclui casos de assédio verbal ou físico em espaços públicos, bem como vídeos que contenham insinuações sexuais ou “mostrem roupas provocantes para interações de natureza vulgar”.

A ideia é concentrar as restrições em vídeos com materiais considerados “inadequados”, especialmente os que visam grupos vulneráveis. O órgão regulador citou, por exemplo, títulos sensacionalistas e a publicação de avaliações fictícias de produtos ou serviços.

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Plataformas terão de fazer “pente fino” minucioso dos conteúdos (Imagem: Tomwang112/iStock)

Público gigante

A China é o país com o maior número de usuários de redes sociais do mundo, mesmo com a proibição de anos de plataformas, como Google, Facebook, X e YouTube. Considerando apenas o Wechat, que reúne mensagens, fotos e serviços financeiros, são mais de 1,3 bilhão de contas ativas, segundo a controladora da rede social Tencent.


Bruna Barone

Colaboração para o Olhar Digital

Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero

Rodrigo Mozelli é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e, atualmente, é redator do Olhar Digital.


Fonte: Olhar Digital

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