O subsecretário da Dívida Pública, Daniel Leal, destacou nesta terça-feira que, apesar da redução nominal, o colchão de liquidez do Tesouro Nacional “continua muito confortável”.
Em dezembro, o colchão de liquidez da dívida pública terminou em R$ 860,15 bilhões, contra R$ 856,1 bilhões em novembro. Durante o ano passado, no entanto, o valor chegou a R$ 1,1 trilhão em julho.
“Temos caixa suficiente para pagar todo o primeiro semestre [em um cenário sem nenhuma emissão]”, comentou o subsecretário, que participa de sua primeira entrevista desde quando assumiu o cargo, no início deste ano.
Durante a apresentação do balanço do ano, Leal comentou que o Tesouro enfrentou um segundo semestre “mais desafiador”, com queda nas emissões. O órgão, segundo ele, “buscou não forçar” o mercado no segundo semestre, justamente porque tinha caixa suficiente.
No primeiro semestre, houve uma emissão média mensal de R$ 136 bilhões. Já no segundo, esse patamar caiu para R$ 100 bilhões.
Apesar da turbulência no mercado em dezembro, principalmente após a frustração dos agentes com o pacote fiscal anunciado pelo governo Lula, o subsecretário afirmou que o Tesouro fechou o ano “de forma equilibrada e começamos o ano de forma equilibrada”.
Na mesma linha, um pouco depois, o secretário Rogério Ceron repetiu e disse que a equipe percebeu “uma volta da normalidade em 2025”. “Leilões têm mostrado isso de forma muito clara”, comentou.
Na apresentação, Leal também destacou que o custo da dívida “está estável dada a estrutura diversificada que tem a dívida pública”.
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Fonte: Valor