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“Vejo que muitos profissionais de diferentes áreas estão investindo em conteúdo para redes sociais. Já pensei em fazer algo do tipo, mas não é um desejo autêntico, seria mais para conseguir oportunidades. Além disso, não costumo usar as mídias sociais de forma profissional. Fico me perguntando se isso pode me prejudicar ou se eu deveria me esforçar para estar mais presente em redes como LinkedIn, além de transformar o meu perfil no Instagram em algo voltado à minha ocupação. De qualquer forma, não tenho essa inclinação de forma natural. Como ter sucesso na carreira sem presença digital?” Advogada, 38 anos
Oi, pessoas queridas! Espero que estejam bem!
Muitas pessoas hoje se sentem pressionadas a estar o tempo todo nas redes sociais, principalmente em plataformas como LinkedIn ou Instagram, como uma forma de gerar visibilidade e alcançar novas oportunidades. Mas eu percebo que, no seu caso, a sensação é de que essa exposição não é algo autêntico, e sim mais uma necessidade externa, o que é totalmente válido.
A primeira coisa que você precisa refletir é o que significa “sucesso” para você. O fato de você não estar tão ativa nas redes sociais não significa que você está fora do jogo ou que vai perder oportunidades. Claro, as redes podem ser uma ferramenta para ampliar a visibilidade, mas existem outras formas de se destacar profissionalmente sem precisar se transformar em alguém que não é.
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O que é autêntico para você?
A sua dúvida é sobre ser autêntica no meio digital, e isso é completamente legítimo. A pressão para seguir uma fórmula que está funcionando para os outros pode ser desconfortável. Por isso, o mais importante é você encontrar o seu próprio equilíbrio. Não é necessário estar em todas as plataformas ou criar conteúdo todo dia se isso não faz sentido para você. O fundamental é entender que, mesmo sem tanta presença on-line, você pode encontrar maneiras de se destacar e se conectar com as pessoas que realmente importam.
Algumas alternativas para você considerar, caso queira se engajar mais nas redes, mas do seu jeito:
- Foque na qualidade do seu trabalho: não subestime o poder da sua reputação. As melhores oportunidades muitas vezes vêm do boca a boca, de recomendações genuínas e da confiança que você construiu ao longo dos anos. Não se sinta obrigada a mostrar tudo o que faz, porque o seu trabalho fala por si só.
- Invista em networking offline: participar de eventos presenciais, grupos de discussão e conferências do seu setor pode ser uma ótima forma de ampliar suas conexões. O LinkedIn também pode ser usado de maneira mais pontual, apenas para compartilhar experiências e interagir com outros profissionais de forma mais estratégica, sem se expor excessivamente.
- Redefina a sua presença on-line de maneira mais tranquila: se você decidir investir mais tempo nas redes sociais, pense em formas de fazer isso que se alinhem com seu estilo. O LinkedIn, por exemplo, pode ser um ótimo lugar para compartilhar insights sobre a sua área de atuação ou até mesmo destacar projetos interessantes. No Instagram, talvez você não precise transformá-lo por completo em um perfil profissional, mas pode usar ele de maneira mais pontual, como uma extensão da sua profissão, caso queira.
Você pode sim ter sucesso sem uma presença digital constante.
Eu acredito que você pode seguir sua carreira com sucesso, independentemente de ser ou não super ativa nas redes sociais. A visibilidade digital ajuda a abrir portas, mas não é a única forma de ser reconhecida. O seu trabalho bem-feito, a sua competência e as relações que você constrói ao longo do tempo têm um peso enorme no seu desenvolvimento profissional. O mais importante é se manter fiel a quem você é e ao que deseja para a sua carreira.
Então, não se pressione a seguir uma fórmula que não ressoe com você. O autêntico, com certeza, sempre será mais valioso que qualquer número de seguidores.
Dani Jesus é psicóloga, ativista, criadora do Currículo Oculto e apaixonada por cultura, gestão de pessoas, diversidade, equidade e inclusão.
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Esta coluna se propõe a responder questões relativas à carreira e a situações vividas no mundo corporativo. Ela reflete a opinião dos consultores e não a do Valor Econômico. O jornal não se responsabiliza nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações.
Fonte: Valor