Consórcio de investidores, incluindo proprietária da Umbro, apresenta oferta para adquirir a Le Coq Sportif

Um consórcio de vários investidores, incluindo Xavier Niel, e o grupo norte-americano Iconix (Lee Cooper, Umbro), apresentaram uma proposta de 60 milhões de euros para adquirir a fabricante de equipamentos Le Coq Sportif, que foi colocada em recuperação judicial no final de novembro, de acordo com um comunicado divulgado na quarta-feira, 14 de maio.

A Le Coq Sportif, fornecedora da delegação francesa nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, foi colocada em recuperação judicial em novembro. Fundada em Romilly-sur-Seine (Aube), a marca conta com aproximadamente 300 colaboradores na França.
 
Em um comunicado publicado no dia seguinte ao prazo final para a apresentação de propostas de aquisição, um consórcio anunciou ter apresentado uma proposta para “reorientar a Le Coq Sportif em torno da sua identidade de marca ‘acessível e popular’ e implementá-la mundialmente com contributos financeiros significativos para relançar esta grande marca francesa”.

Este projeto é liderado em 51% pela empresa de investimento Neopar, especialista em “recuperação de empresas” e propriedade da família Poitrinal; 26,5% por um grupo de investidores — entre os quais Xavier Niel, atletas e antigos executivos da Le Coq Sportif; e 22,5% pelo grupo americano Inconix, detentor das marcas Umbro e Lee Cooper.
 
O consórcio planeja contribuir com um total de 60 milhões de euros, que seriam “injetados imediatamente”, segundo a AFP. Este projeto se beneficia ainda “do apoio da Intersport e de diversos varejisgas multimarca”, segundo o comunicado.
 
Em março, a região de Grand Est anunciou que dois potenciais compradores estavam a concorrer para adquirir a Le Coq Sportif, um dos quais contava com o apoio do governo francês. A região aceitou anular 50% das suas dívidas à empresa para facilitar a aquisição.
 
A Le Coq Sportif deve entre 60 milhões e 70 milhões de euros a entidades públicas. A empresa beneficiou nomeadamente de vários empréstimos do governo francês, no total de 42 milhões de euros, observou ainda a região de Grand Est.