O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), seria reeleito no Estado se a eleição estadual fosse hoje, segundo pesquisa do Datafolha divulgada nesta quinta-feira (10). Tarcísio venceria nos dois cenários testados pelo instituto com a participação do atual governador, em disputas contra o vice-presidente, ministro e ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), e contra ao ex-governador e ministro Márcio França (PSB).
Tarcísio, no entanto, é cotado para concorrer à Presidência. Nas duas simulações sem Tarcísio, Alckmin e o influenciador digital Pablo Marçal (PRTB) lideram.
O Datafolha simulou quatro cenários eleitorais no total em São Paulo e usou o nome do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, como candidato do PT. Em todos esses cenários, o petista não chegou a dois dígitos — o melhor desempenho foi de 7%. Da centro-esquerda foram usados apenas os nomes de Alckmin, França e Padilha.
Tarcísio tem 41% das intenções de voto na disputa contra o vice-presidente Geraldo Alckmin, com 25%. Ex-tucano, Alckmin comandou o Estado por quatro mandatos, antes de migrar para o PSB e compor a chapa presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2022.
Nesse cenário testado pelo Datafolha, o influenciador digital e empresário Pablo Marçal (PRTB) tem 15%. Na sequência aparecem Alexandre Padilha, com 6%, o ex-ministro e deputado Ricardo Salles (Novo) com 4%. Votos em branco, nulo e eleitores que não pretendem em votar em nenhum desses nomes somam 9%, e eleitores que ainda não sabem em que votarão, 1%.
Marçal, no entanto, está inelegível por oito anos, até 2032, acusado de abuso do poder político e econômico, e uso indevido de meios de comunicação e captação ilícita de recursos nas eleições municipais do ano passado. Em fevereiro, o influenciador foi condenado Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), mas pode recorrer da decisão.
Com Tarcísio, sem Alckmin
Em uma simulação com a participação de Márcio França e sem Alckmin, Tarcísio venceria o primeiro turno por uma margem maior, com 47%. Pablo Marçal aparece em segundo, com 16%, seguido por França, com 11%. Padilha tem 6% e Salles, 4%. Votos em branco, nulo ou nenhum dos candidatos são 14% e eleitores que não sabem ainda, 2%.
Sem Tarcísio, com Alckmin
Os outros dois cenários foram simulados pelo Datafolha sem a participação de Tarcísio. Na liderança aparece Alckmin, com 29%. Marçal tem 20% e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), 12%. Rodrigo Manga (Republicanos) e Padilha têm 5% cada, seguidos por Salles, com 4%. Os secretários estaduais de governo, Gilberto Kassab (PSD), e de Segurança, Guilherme Derrite (PP), têm 3% cada. O presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, André do Prado (PL), tem 1%.
Votos em branco, nulo e nenhum dos candidatos chegam a 15% e 3% disseram não saber em quem votar.
Prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga é alvo de uma operação da Polícia Federal nesta quinta-feira (10), suspeito de participar de um esquema de desvio de recursos da saúde.
Sem Tarcísio e sem Alckmin
Na simulação sem a participação de Alckmin e Tarcísio, Pablo Marçal lidera com 21%, com o prefeito Ricardo Nunes em segundo lugar, com 15%. Márcio França tem 11%, seguido por Padilha, com 7%. Manga, Salles e Kasasb têm, cada um, 5%. Derrite marcou 4% e André do Prado, 1%.
Votos em branco, nulo e nenhum dos candidatos são 21% e não sabem, 5%.
Nos três cenários de segundo turno testados pelo Datafolha, Tarcísio venceria em todos. O melhor desempenho do governador é registrado em uma disputa contra o candidato do PT.
Tarcísio venceria Alckmin por 53% a 39%. Eleitores que votariam em branco, nulo ou em nenhum candidato somam 8% e os que não sabem, 1%.
Contra Márcio França, o atual governador ganharia por 62% a 24%. Aqueles que disseram votar nulo, em branco ou em nenhum chegam a 12% e não sabem, 1%.
Se a disputa fosse contra Padilha, Tarcísio venceria o petista por 64% a 20%. Outros 14% disseram anular o voto, votar em branco ou em nenhum, e 2% não sabem.
O nome mais rejeitado pelos eleitores é o de Pablo Marçal, com 45%. O influenciador ficou em terceiro lugar na disputa pela Prefeitura de São Paulo em 2024.
Na sequência, com as maiores rejeições, estão Kasasb, com 31% e Alckmin com 30%. Nunes tem 22%, Tarcísio, 21% e Padilha, 20%. Salles aparece com 19%, Manga com 18%, Derrite é rejeitado por 17% e André do Prado, por 16%.
Na pesquisa espontânea, quando não é apresentado o nome dos candidatos, Tarcísio aparece em primeiro, com 16%. A citação “atual governador” foi usada por 5% dos entrevistados. O deputado Guilherme Boulos (Psol), o ministro da Fazenda e ex-prefeito, Fernando Haddad (PT), e Alckmin foram citadis por 2%. Dos entrevistados, 1% falou em “candidato do PT”, mesmo percentual obtido por Marçal e Nunes. Outros candidatos citados somam 5%. Nessa pesquisa, 60% disseram não saber e votos em branco e nulo ou em nenhum candidato somam 7%.
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Fonte: Valor