Dior anuncia saída de Maria Grazia Chiuri

Traduzido por

Estela Ataíde

Publicado em



29 de maio de 2025

Maria Grazia Chiuri deixa a direção criativa da Dior

A Christian Dior Couture anunciou a saída de Maria Grazia Chiuri, diretora criativa das suas coleções de alta-costura, prêt-à-porter e acessórios femininos desde 2016. Sob a sua direção, a maison francesa viu os seus resultados crescerem exponencialmente: o HSBC estima que o faturamento da Dior quase quadruplicou entre 2018 e 2023, passando de 2,7 bilhões de euros para mais de 9 bilhões de euros, tornando-se a segunda maior marca da divisão de moda do grupo LVMH em volume de negócios, depois da Louis Vuitton, que superou os 20 bilhões de euros em vendas.
 
A designer romana soube conferir um novo espírito à Dior, capaz de seduzir até, e sobretudo, as gerações mais jovens, com um estilo sempre refinado e fiel ao DNA da grife, mas capaz de compreender as necessidades tão diversas das mulheres da atualidade.

Mas qual será o próximo destino de Maria Grazia Chiuri? Há quem acredite que a designer de 61 anos poderá retornar à sua cidade natal para liderar as coleções femininas da Fendi, a marca romana por excelência, também pertencente à galáxia Arnault. Seria um duplo regresso às suas raízes, uma vez que Chiuri iniciou a sua carreira na Fendi em 1989, onde, ao lado de Pier Paolo Piccioli, chamou a atenção de Valentino Garavani, para quem criaram uma linha de acessórios em 1999, tendo assumido todas as linhas de roupa a partir do final de 2008, após a saída do fundador da marca na sequência da aquisição da Valentino pelo fundo Permira em 2007.
 
Este anúncio soma-se a uma longa série de mudanças nos últimos meses, com constantes alterações na direção criativa de principais empresas italianas e internacionais do luxo e da moda. Em janeiro, a Dior confirmou a saída de Kim Jones da direção criativa das coleções masculinas, e os rumores apontavam como sucessor Jonathan Anderson, que deixaria a Loewe. Uma mudança confirmada há poucas semanas.
 
Entre as recentes estreias significativas de designers que ainda não apresentaram as suas primeiras coleções encontra-se a Versace, com Dario Vitale substituindo Donatella Versace; a Celine, agora liderada por Michael Rider; a Maison Margiela, que foi confiada a Glenn Martens; a Jil Sander, que acaba de contratar Simone Bellotti, vindo da Bally; a Bottega Veneta, com Louise Trotter substituindo Blazy; e a Carven, que Mark Howard Thomas assumiu a direção criativa, substituindo Trotter. Mas, a dança das cadeiras ainda não terminou. Esperam-se também mudanças de designer na Mugler e na Jean Paul Gaultier, para citar apenas alguns exemplos.

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Fonte: Fashion Network

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