É exagerado o valor das emendas no Orçamento, afirma Alckmin | Política

“Eu fui deputado federal e no meu tempo não tinha emenda. Depois passou a ter mas não era impositiva. Eu defendo que possa ter emenda. Uma das tarefas do Legislativo é colaborar com o Orçamento, é corrigir, alterar. É normal. E deve ser impositiva mesmo, para não ficar na dependência do governo”, disse Alckmin. “Agora o que me parece exagerado é o valor. Acho que o valor deveria ser menor para ter mais programas de investimentos para o país”, afirmou ao Valor, depois de dar uma palestra a sindicalistas sobre o programa Nova Indústria Brasil, em evento na sede da Força Sindical, em São Paulo.

O texto aprovado pelo Congresso para este ano prevê R$ 50,5 bilhões para emendas parlamentares mais um montante de R$ 11,2 bilhões de despesas discricionárias do Executivo indicadas pelos parlamentares, como forma de compensar os repasses não pagos pelo governo em 2024. Com isso, as emendas chegarão a R$ 61,7 bilhões. Essa medida, de indicação de despesas discricionárias, é semelhante à adotada no chamado “orçamento secreto”, por ocultar os parlamentares responsáveis por essas indicações.

Ao falar com sindicalistas, o vice-presidente foi chamado por diversas vezes de “companheiro Alckmin” e criticou a alta de juros por “atrapalhar a economia”. O ministro defendeu ainda a redução da jornada de trabalho, em resposta ao pedido do fim da jornada 6 x 1, de seis dias de trabalho e um de folga. “A redução da jornada de trabalho é tendência mundial, para mais pessoas poderem trabalhar”, disse.

Depois da palestra, Alckmin participou do lançamento do livro “A História dos Metalúrgicos de São Paulo”, escrito pela jornalista Carolina Maria Ruy, em evento promovido na sede da Força Sindical.

Alckmin participa de evento na sede da Força Sindical, em São Paulo — Foto: Cristiane Agostine/Valor
Alckmin participa de evento na sede da Força Sindical, em São Paulo — Foto: Cristiane Agostine/Valor

Fonte: Valor

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