Entre 2007 até 2025 (com dados preliminares de janeiro a março), Curitiba registrou 47.423 casos de acidentes de trabalho. Quase 60% dos casos – 27.572 acidentes – atingem homens de 20 a 49 anos. Só de De janeiro a março deste, foram notificados em Curitiba 1.638 acidentes de trabalho. Em todo ano de 2024, foram 7.504 notificações e, em 2023, 8.058.
Os dados fazem parte da série histórica de acidentes de trabalho em Curitiba divulgados pelo Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba, que analisa as informações inseridas por profissionais de saúde no Sistema de Informações de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde.
De 2007 a 2025, a área com maior notificação de acidentes é a de serviços, que corresponde a 54,5% dos registros, seguida pela indústria da transformação, com 21,16% das notificações, construção civil com 10,63% e comércio com 6,79%.
Entre as profissões classificadas como serviços, o maior número de acidentes acontece com técnicos de enfermagem (11,69%), seguido por faxineiros (10,33%), cozinheiros (5,25%), alimentador de linha de produção (7,47%), pedreiro (6,38%) e vigilante (2,16%).
Com relação às mortes ocorridas em decorrência de acidentes de trabalho, foram notificados no Sinan 1.254 óbitos no período de 2007 a 2025 em Curitiba. Dentre eles, 42% dos óbitos são por quedas, 22,51% por acidentes envolvendo transporte e 14,58% por forças mecânicas inanimadas (impacto causado por objeto lançado, projetado em queda).
Notificação obrigatória
Desde 2023, o Ministério da Saúde determinou a notificação obrigatória de todos os acidentes de trabalho, independente da gravidade, o que tem resultado em aumento dos números de ocorrências.
“Anteriormente, os serviços de saúde só notificavam acidentes sérios, como os que resultavam em amputações, traumas graves e até mortes em decorrência da atividade laboral. Atualmente, qualquer acidente que aconteça durante a atividade profissional deve ser notificado quando a pessoa passa por atendimento de saúde”, esclarece o coordenador do Cerest de Curitiba, Luiz Antônio Teixeira.
A notificação de acidentes de trabalho no Sinan é obrigatória para todos profissionais de saúde, tanto os que estão em serviços públicos ou privados quanto os que atendem em empresas ou instituições, na medicina do trabalho, por exemplo. Os dados, no entanto, ainda são subnotificados, o que dificulta a realização de políticas públicas que estimulem ações preventivas.
A divulgação dos números foi feita em alusão ao Dia do Trabalhador, comemorado ontem em todo o mundo, e faz parte das campanhas de prevenção da Prefeitura de Curitiba.
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Fonte:Bem Paraná