Duas casas de luxo francesas tradicionais, Dior e Chanel. Dois diretores criativos disruptivos e inovadores, Jonathan Anderson e Matthieu Blazy. Estamos diante de uma revolução no mercado de moda de luxo, e as mudanças atuais não poderiam ser mais reveladoras sobre o que esperar dessa nova fase.

Foto: Jonathan Anderson (Divulgação)
Enquanto o mundo olhava para nomes esperados, seguros, as marcas decidiram arriscar e se afastar do que fizeram na última década. A Dior entrega sua direção criativa a Jonathan Anderson, o estilista por trás da Loewe e de coleções que parecem saídas de um sonho um tanto quanto louco: roupas feitas de grama, bolsas em forma de pombo, uma abordagem artística e nada óbvia da moda.

Foto: Matthieu Blazy (Divulgação)
Já a Chanel escolhe Matthieu Blazy, conhecido por esculpir roupas inteiras em couro com uma aparência tão leve que enganava o olhar. Lembra do “jeans” de couro? Da regata básica, também de couro? Da flanela, adivinha, de couro também? Ele ressignificou a ideia do material e se tornou sinônimo de inovação com elegância.

Foto: Loewe (Vogue Runway)
Essas escolhas não são coincidência e, apesar de viralizarem no TikTok, não são apenas sobre gerar buzz. São sinais claros de que a moda de luxo está mudando.
Mas o que isso significa, de fato? Estamos diante de um rompimento com os valores originais dessas marcas? O legado de Coco Chanel e Christian Dior está sendo abandonado em nome do hype? Ou será que esse é o movimento natural da moda, uma indústria que sempre se reconstrói, que vive de ruptura, e que agora precisa falar com uma geração que consome imagem, discurso e identidade com mais velocidade e exigência?
A verdade é que, lá atrás, Coco e Dior também foram revolucionários. Eles não nasceram clássicos, se tornaram clássicos porque ousaram quebrar padrões.

Foto: Dior (Willy Maywald)
Chanel libertou o corpo feminino e redefiniu o que era elegância. Dior criou uma silhueta que mudou o pós-guerra. E agora, talvez, Jonathan Anderson e Blazy sejam os novos nomes que vão propor a próxima revolução estética.
A moda vive de ciclos, mas o que estamos vendo agora não é só mais uma troca de comando: É a chance de ver duas marcas históricas abrirem espaço para o novo, para o estranho, para o provocador. E talvez seja exatamente isso que elas precisavam pra despertar o desejo de novo — porque sejamos sinceros, o que de novo Dior e Chanel trouxeram nos últimos tempos?
Mas uma coisa é certa: nosso conceito de luxo está prestes a mudar. Estamos prontos para uma Dior com bolsa de pombo? Uma Chanel trocando o tweed pelo couro? Ou prefere que essas marcas permaneçam como estão? Eu não só me sinto pronta, como ansiosa.
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Fonte: Steal the Look