fomos conferir a primeira exposição de moda do museu » STEAL THE LOOK

A discussão se moda é arte já está mais que ultrapassada. Afinal, como a gente bem sabe, o MET anualmente — e outros incontáveis museus ao redor do mundo — dedicam exposições ao assunto. Mas acreditem: o Louvre, sim, a casa da Mona Lisa, da Vênus de Milo e dos turistas em profusão, ainda não tinha feito. Até agora. Porque no início deste ano, o museu mais famoso do planeta abriu suas portas para a primeira exposição inteiramente dedicada à moda. E claro que a gente foi lá conferir.

Em seus mais de 200 anos de história, finalmente: Louvre Couture: Art and Fashion, Statement Piece ocupa cerca de 9.000 metros quadrados no coração da ala Richelieu. Onde normalmente se encontra tapeçaria renascentista, os apartamentos de Napoleão III e porcelana do Segundo Império. Agora também se encontra Iris van Herpen, Mugler, Schiaparelli, Alaïa.

Salão luxuoso com vestido vermelho elaborado em exibição, combinando com a rica decoração do espaço. Couture.

Foto: Louvre Couture (Reprodução)

tudo sobre a Louvre Couture

No total, são cerca de 65 looks e acessórios — somando aproximadamente 100 peças de arquivo cedidas por nomes como Jean Paul Gaultier, Comme des Garçons, Loewe, Rabanne, Maison Margiela, entre outros. Estão lá os icônicos sapatos Armadillo, da última coleção de Alexander McQueen, obras de Azzedine Alaïa e de seu sucessor Pieter Mulier, criações de Karl Lagerfeld para a Chanel, couture da era John Galliano na Dior e peças históricas da maison Balenciaga.

Dispostos entre vitrines e pinturas que vão do período bizantino ao século XIX, os looks não apenas coexistem com o acervo, eles dialogam. O jogo aqui é outro: menos “veja como a moda imita a arte” e mais “olha como sempre andaram juntas”.

Manequim com traje dourado e preto em ambiente luxuoso, destacando estilo Louvre Couture. Fundo com tapetes ricos e detalhes dourados.

Foto: Louvre Couture (Reprodução)

A curadoria propõe um mapeamento visual e simbólico das influências mútuas: técnicas ancestrais, ornamentos, silhuetas, dramaticidade. A ideia é enxergar o catálogo do Louvre como um moodboard. E o resultado é deslumbrante. Ver essas peças inseridas em cenários de tirar o fôlego, em meio à lustres espetaculares e tetos esculpidos, não só enriquece o olhar, como amplifica o contexto.

Nada parece fora de lugar, porque não está. A curadoria provoca o pensamento e convida à reflexão. A lógica da exposição é a mesma da moda em sua melhor forma: usar o passado como matéria-prima, reinterpretar códigos, reinventar, experimentar com beleza, criatividade e excelência.

A expo rola até 24 de agosto de 2025. Se for passar por Paris, vale muito a pena agendar a visita.

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Fonte: Steal the Look

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