Giorgio Armani encerra a Semana da Moda de Milão com um toque oriental

Traduzido por

Helena OSORIO

Publicado em



3 de março de 2025

Giorgio Armani encerrou a Semana de Moda de Milão com dois desfiles icônicos nas manhãs de domingo, 2 de março, em um cenário que lembrava os clubes noturnos mais sofisticados.
 

Photo Credits: Courtesy of Giorgio Armani

Não é de surpreender que a estrela da coleção tenha sido a roupa de noite, que atingiu o seu clímax com uma dúzia de impressionantes looks prateados – vestidos-coluna de malha metálica em cristal cintilante, casacos finos e vestidos com véu.

Giorgio Armani, por sua vez, abriu o desfile com a roupa de dia, apresentando uma impressionante série de calças – harém, palazzo, dhoti e jodhpurs revisitados – combinadas com blazers em ziguezague ou com a sua icónica blusa meio-embrulhada. Também brincou com os ikats, incorporando o padrão em casacos bomber, utilizando-o como um elemento único em outros, e até aplicando-o em botas de camurça.

A sua escolha de chapéus fala por si: bonés Nehru, calotes de músico balineses, Blangkon javanês, Khian Hua tailandês e bonés mandarim de Singapura. Eclético mas inteligentemente refinado, cada motivo popular foi elevado ao estatuto de um objeto verdadeiramente elegante.

Photo Credits: Courtesy of Giorgio Armani

Para a noite, o ambiente tornou-se super refinado, com um terno com calças de seda salpicado de azul meia-noite que era o epítome da perfeição. A modelo que o vestia, pelo olhar e pose, transparecia estar radiante de orgulho.

Photo Credits: Courtesy of Giorgio Armani

O que continua a ser notável em Armani é o seu compromisso inabalável com o próprio DNA, particularmente evidente nesta coleção, que engloba todos os seus elementos de assinatura: proporções clássicas, drapeados artísticos, tecidos leves como penas, diversas influências asiáticas e paleta de cores distinta.

Para o próximo outono, Armani deu o tom com tonalidades terrosas e queimadas pelo sol do Sul, passando sem problemas para os tons ikat da Indochina e terminando com um final triunfante do glamour prateado de Hollywood.

Photo Credits: Courtesy of Giorgio Armani

Giorgio Armani sempre evitou cuidadosamente seguir tendências, por vezes até ao ponto da teimosia. No entanto, nesta temporada, esteve em sintonia com a maior tendência de Milão, tratando a pele de carneiro como uma pele exótica, como evidenciado pelos casacos de pele cinza pálido e pelos casacos de pena marrom no mesmo tecido. Eram ambos excecionais, tal como o casaco com capuz em Vison cinza da Prússia.

Acima de tudo, esta coleção permitiu a Armani misturar as suas inspirações mais uma vez, como evidenciado pela banda sonora maravilhosamente melancólica, que incluía a apropriadamente intitulada “Interwoven” de Deadpanned.

Não é de admirar que Armani tenha sido novamente aplaudido de pé, enquanto caminhava lentamente de braço dado com dois manequins. Um verdadeiro Dersu Uzala da moda italiana, aos 90 anos continua a ser o designer mais famoso do país.

Photo Credits: Courtesy of Giorgio Armani

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Fonte: Fashion Network

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