Gucci: saída do diretor industrial Massimo Vian

Na continuação da sua reorganização administrativa, a marca de moda italiana Gucci perde o seu diretor industrial Massimo Vian. Este foi recrutado no início de 2024 e foi-lhe atribuído o recém-criado cargo de diretor Industrial e de Cadeia de Abastecimento. Massimo Vian deixa a empresa por razões pessoais.

O gestor italiano de 52 anos era responsável pelo desenvolvimento de produtos e pelos processos de produção nas categorias de marroquinaria, calçado, vestuário e joalheria, bem como pela atribuição de produtos às várias redes de vendas. Por outras palavras, uma posição estratégica, dada a importância do controle da cadeia de produção para as marcas de luxo.

Massimo Vian, que possui uma vasta experiência operacional no setor dos produtos de luxo, pode juntar-se a outra empresa. Ele trabalhou durante 13 anos na gigante italiana de óculos, Luxottica. Entrou para o grupo em 2005 como diretor de Engenharia Industrial e saiu em 2017, depois de ter sido diretor-geral adjunto responsável pelo produto e pelas operações desde 2014.

Após um ano à frente da marca italiana de caxemira Falconeri do grupo Oniverse (ex-Calzedonia), ingressou na Prada em 2020 como diretor de operações.

Recentemente, o gestor foi acusado pela Consob (a autoridade italiana para os mercados financeiros) de abuso de informação privilegiada relativamente a eventos que remontam a 2020. Ele negou as acusações e anunciou a sua intenção de levar o caso ao tribunal.

Em um momento em que se abre um novo capítulo para a Gucci, com a chegada iminente de Demna como diretor criativo, a marca emblemática da Kering, que enfrentou uma queda de 24% nas vendas no primeiro trimestre, está em meio a uma reorganização administrativa. Esta saída poderia levar a uma revisão do seu processo operacional.

Na semana passada, a empresa fez duas nomeações importantes, entregando a presidência da região EMEA a Maria Cristina Lomanto e a direção de merchandising a Marcello Costa.