Doação de R$ 35 mil vai ajudar morador do interior de São Paulo que convive com doença há dez anos

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Edson Nora Gomes, portador da “neuralgia do trigêmeo”, recebeu uma doação de R$ 35 mil. O dinheiro será utilizado para tratamento com bomba de morfina. O doador se manteve anônimo.
A terapia para a chamada de “pior dor do mundo” custa cerca de R$ 90 mil. O morador de São João da Boa Vista (SP) iniciou uma vaquinha para arrecadar o valor. A campanha já alcançou a marca dos R$ 55 mil, 60% do valor total.

A vaquinha começou em dezembro do ano passado e tem previsão de terminar em abril de 2025. Edson deve começar o tratamento com morfina ainda esta semana. O paciente está hospitalizado na Santa Casa de Alfenas, referência em dores crônicas.
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Anos de tratamento
- Apesar de ter passado por dezenas de cirurgias, a maioria não surtiu efeito, ou não melhorou em quase nada a dor de Edson;
- “Fiz a cirurgia hoje, mas não deu resultado, já havia feito em dezembro também e não surtiu efeito. Fizeram para me ajudar e amenizar a dor até colocar a bomba”, disse Gomes ao g1;
- O Sistema Único de Saúde (SUS) não disponibiliza o equipamento para realizar o tratamento da doença;
- Edson sobrevive com um benefício de afastamento temporário do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), proveniente da época que trabalhava como pintor e metalúrgico;
- A terapia com bomba de morfina não cabe no orçamento do morador do interior paulista;
- Aos 25 anos, Edson precisou passar por cirurgia para remover um tumor no rosto, chamado de angiofibroma;
- Desde então, o ex-metalúrgico convive com a dor crônica que o impede de dormir, se alimentar e realizar tarefas do dia a dia.

O que causa a “pior dor do mundo”
A neuralgia do trigêmeo ocorre por uma disfunção do nervo trigêmeo, responsável pela sensibilidade do rosto. E o nervo recebe esse nome justamente por se dividir em três ramificações: uma vai para a região dos olhos, outra para o nariz e a última para a mandíbula. Ou seja, pega o rosto inteiro.
A doença pode começar por uma má formação no nervo ou devido a outras enfermidades, como tumores. E a dor é algo quase inimaginável. Ela vem por meio de crises, que podem durar de poucos segundos a minutos. O mais grave é que podem ser centenas de crises por dia.
Matheus Lorente Cabral Labourdette é redator(a) no Olhar Digital
Fonte: Olhar Digital