Resumo
- Intel anunciou uma nova rodada de demissões que pode cortar até 20% da equipe da Intel Foundry, divisão de semicondutores.
- É a segunda em menos de um ano: em 2024, a empresa eliminou cerca de 15 mil postos de trabalho.
- As demissões fazem parte da reestruturação liderada pelo CEO Lip-Bu Tan.
A reestruturação na Intel continua e, com ela, chega mais uma rodada de demissões. Dessa vez, o layoff pode atingir entre 15% e 20% dos funcionários da Intel Foundry, divisão responsável pelas fábricas de semicondutores da empresa. Os trabalhadores foram comunicados sobre o novo corte por e-mail no último sábado (14/06).
No texto, cujo conteúdo foi confirmado por quatro funcionários ao jornal The Oregonian, o vice-presidente de manufatura de Intel, Naga Chandrasekaran, afirma que a medida é necessária para enfrentar a atual situação financeira da empresa. A maioria dos cortes ocorrerá em julho.
A companhia indica que, desta vez, não oferecerá programas de demissão voluntária ou aposentadoria antecipada.
Outro corte em menos de um ano
Esta é a segunda grande rodada de demissões na Intel em menos de um ano. Em 2024, a empresa eliminou cerca de 15 mil postos de trabalho, incluindo 3 mil no estado do Oregon. É lá que a empresa mantém seu principal polo de manufatura nos Estados Unidos — e, por isso, deve ser o lugar mais afetado pela nova onda de demissões.
Estima-se que a empresa ainda tenha cerca de 20 mil funcionários no estado. Sendo assim, as demissões devem atingir milhares de pessoas.
Segundo o comunicado, as reduções serão feitas com base em uma combinação de critérios: mudanças no portfólio de projetos, eliminação de cargos e uma avaliação de desempenho e habilidades dos funcionários para as posições que forem mantidas.
Embora os cortes mais recentes tenham sido anunciados apenas agora aos funcionários da divisão Intel Foundry, os planos de demissões em massa já vinham sendo comunicados desde abril deste ano.
A ação faz parte de uma reestruturação mais ampla conduzida pelo novo CEO, Lip-Bu Tan, que promove uma “nova Intel”. Para isso, o executivo tem sinalizado a necessidade de simplificar as operações e concentrar recursos nos principais negócios da companhia.
A mudança se soma a outras ações recentes de reorganização. Em abril, a Intel vendeu uma participação majoritária da Altera para a Silver Lake por US$ 4,46 bilhões. No mês seguinte, a agência Reuters noticiou que a empresa avalia vender sua divisão de redes e edge computing (NEX).
O ambiente de incerteza também atinge investimentos futuros. A Intel adiou a abertura de sua nova fábrica no estado de Ohio para 2030, citando a ausência de demanda suficiente para justificar os US$ 10 bilhões previstos para equipar a instalação.
Com informações de The Oregonian e TechCrunch
Fonte: Tecnoblog
