Interparfums reduz meta de receita para 2025 registrando subida de lucro operacional de 23,2% no primeiro semestre

O grupo francês Interparfums, sedeado em Paris, que imagina, projeta, produz e distribui fragrâncias de prestígio desde 1982, reportou um aumento de 23,2% no lucro operacional do primeiro semestre na terça-feira, 9 de setembro, citando os gastos limitados com marketing e publicidade e o controle contínuo dos custos fixos. No entanto, o grupo reduziu a sua previsão de receita para o ano inteiro, citando interrupções geopolíticas e a atitude de “esperar para ver” dos consumidores em muitos mercados.

“Apesar da falta de visibilidade devido à turbulência da conjuntura internacional, à desfavorável taxa de câmbio euro-dólar e ao compromisso cauteloso dos nossos parceiros, a nossa receita em 2025 deve rondar 900 milhões de euros”, afirmou o presidente e CEO Philippe Benacin, num comunicado de imprensa.

Em julho, o grupo anunciou que esperava registrar uma receita anual no limite inferior da previsão anterior, em torno de 910 milhões de euros.

Nos primeiros seis meses do ano, o lucro operacional foi de 103,8 milhões de euros, em comparação com 92,7 milhões de euros no ano anterior, com a Interparfums a citar a crescente importância da sua subsidiária nos EUA e o controle de custos.

Philippe Benacin acrescentou que os anos fiscais de 2026 e 2027 devem beneficiar da expansão do portfólio para incluir as marcas Off-White, Annick Goutal e Longchamp, bem como de um programa de lançamentos “significativos” em todo o catálogo.

A Interparfums declarou no comunicado à imprensa que está estudando diversas opções adicionais para limitar o impacto das tarifas americanas no lucro do grupo.

Em julho passado, o grupo Interparfums já havia anunciado vendas de 446,9 milhões de euros no primeiro semestre de 2025, um aumento de 5,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Resultados, esses, principalmente impulsionados pelo forte impulso das marcas Lacoste e Coach e pelos resultados da Jimmy Choo.

(Escrito por Elena Smirnova, editado por Augustin Turpin)