Jornalista de Curitiba conhecida pelo pioneirismo na atuação na área policial, Mara Cornelsen lançará o primeiro livro de crônicas no próximo sábado (08), Dia Internacional da Mulher, na Livraria Café Arte & Letra, no Centro da capital paranaense.
‘Crônicas da Mara’ reúne um compilado de 35 anos de contos e causos no jornalismo. Repórter ‘chão de fábrica’ e ‘pé na rua’, como ela diz, a jornalista conheceu e ouviu muitas histórias pelas ruas de Curitiba e outras cidades do Paraná, que agora estão reunidas em um livro.
“Esse livro tem as histórias do meu dia a dia no jornalismo, histórias da cadeia, de repórter, tem um pouquinho de tudo. Coisas engraçadas, outras muito tristes. Vai emocionar o leitor eu acho”, adianta a escritora.
Conforme ela relata, as crônicas surgiam nas “coisas que foram acontecendo. Na realização de reportagens vi coisas que aconteciam, mas que não caberiam em uma matéria de jornal. E aquela informação ficava guardada, aquela pequena história ficava guardada. Quando eu comecei a escrever as crônicas elas afloraram. Então são historias que não caberiam em uma reportagem, mas caberiam em uma crônica. De ouvir muito as pessoas”, comenta Mara.
Recentemente nomeada integrante da Academia Feminina de Letras do Paraná, Mara é considerada uma das jornalistas inovadoras na editoria policial no estado. Formada em Jornalismo pela Universidade Federal Do Paraná (UFPR), começou a carreira com apenas 19 anos, em 1979, no Diário do Paraná.
Na Tribuna do Paraná exerceu a reportagem por 30 anos. Depois passou um período de cinco anos na Gazeta do Povo, na mesma editoria e retornou à Tribuna, onde coordenou uma equipe de novas mulheres do Jornalismo Policial. A partir de 2010, começou a escrever crônicas semanais no jornal, em busca de mostrar um olhar fora do radar convencional, mas com a mesma propriedade dos textos: descritivos e envolventes.
Bê-a-bá na Tribuna do Paraná
A relação de Mara e da Tribuna começou cedo. Ela conta que, inspirada pelo pai, sempre foi apaixonado pelos livros e, desde criança, tinha o sonho de ser escritora. “Meu primeiro sonho de infância era ser escritora. Eu tinha amor pelos livros. Amor que eu herdei do meu pai. Meu pai lia muito e tinha muitos livros. Meu pai, incrível, ele comprava desde a primeira Tribuna que saiu. Então eu aprendi o alfabeto e tudo mais escrevendo num papel de pão, com um toquinho de lápis que ele trazia do escritório, copiando as letras da Tribuna”, revela.
Buscando um curso que fosse mais parecido com a escrita, ela encontrou no jornalismo um espaço para explorar o talento.
“Me apaixonei pela profissão e sempre exerci um jornalismo com muito amor e muito respeito pelos leitores. Com isso, aquela paixão por escrever, pelos livros, ficou um pouco guardada em uma gavetinha lá dentro do coração, porque o jornalismo foi consumindo os dias, meses, anos e não sobrava muito tempo para exercer uma escrita mais delicada, digamos assim. Quando o Rafael Tavares, diretor da Tribuna até hoje, me autorizou a escrever uma crônica semanal, eu voltei a exercitar aquilo que eu fazia na minha adolescência”, conta.
“As crônicas foram sendo publicadas na Tribuna e agora achei por bem, depois de alguns anos aposentada do jornalismo, compilar todo esse material”, explica. O incentivo de amigos e a nomeação na Academia também foram motivadores para a realização do livro Crônicas de Mara.
Histórias do coração
Mara diz que todas as crônicas que estão no livro são especiais pois retratam diferentes momentos da vida dela. Entretanto, ela possui duas histórias especiais e familiares, que sempre lembra com emoção.
Uma delas é sobre Davi, único neto da jornalista. “Uma das últimas crônicas que eu escrevi para a Tribuna em que eu falo que vou me despir pela terceira vez e que vou exercer o papel de vovó, vovó do Davi, meu único neto que não mora mais no Brasil. Então essa crônica me toca o coração, eu escrevi para ele que deixaria de exercer aquele papel de jornalista para exercer o sublime papel de ser vovó. Essa é uma crônica que eu gosto muito”, revela.
A segunda crônica que toca o coração de Mara é sobre o irmão adotivo dela, apelidado de Terremoto. “Durante mais de 30 anos ele pedalou pelas estradas do Brasil e conheceu as três américas fazendo pedal. Era uma pessoa que resolveu montar em uma bicicleta e não voltar mais para casa. Aliás, não tinha casa. A casa dele era uma bicicleta. E ele ficou conhecido como Terremoto nas estradas. Depois ele ficou adoentado, até hoje eu cuido dele. Eu fiz uma crônica para ele avisando os amigos da estrada, que eram os caminhoneiros que ele conhecia, que o Terremoto parou”.
Apesar de lembrar com carinho de duas histórias familiares, a escritora afirma que durante os mais de 30 anos de carreira ouviu tantas pessoas que relembra de tudo com emoção. “Particularmente tenho preferência pelas engraçadas, que fazem rir. Porque a vida do repórter policial é basicamente lidar com tragédias, sofrimento, com dor, angústia. Quando apareciam histórias hilárias, que a gente podia se divertir com elas, essas particularmente me agradam mais”, completa Mara.
Lançamento das Crônicas da Mara
Publicado pela editora Ás Editorial, Crônicas da Mara será lançado no dia 8 de março na Livraria e Café Arte & Letra, na Rua Desembargador Motta, 2011, a partir das 11 horas.
Mais sobre o trabalho da jornalista e escritora pode ser conferido no site oficial de Mara.

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Fonte: Tribuna PR